INOVAÇÃO

Em Nova Prata, Serra Summit encerra com legado de transformação digital

Durante três dias, espaços 'Conectando Gerações' e 'Cidades' debateram o desenvolvimento da Serra Gaúcha e apresentaram iniciativas sociais

Espaço Conectando Gerações apresentou iniciativas entre os setores educacionais e sociais de Nova Prata
Espaço Conectando Gerações apresentou iniciativas entre os setores educacionais e sociais de Nova Prata | Foto: Siderlei Ditadi/Divulgação

O Serra Summit ocorreu de 20 a 22 de novembro, pela primeira vez, em Nova Prata. Além de ser um palco de discussões e reflexões propositivas sobre temas como inovação, marketing e empreendedorismo, o evento buscou entregar uma agenda transformadora para a cidade e região da Serra.

No espaço Conectando Gerações, organizado no Colégio Tiradentes, a ideia foi reunir estandes mostrando o que tem sido desenvolvido entre os setores educacionais e sociais de Nova Prata.

“Nosso propósito foi dar espaço para que as boas iniciativas da cidade pudessem estar em evidência durante o evento. São projetos e iniciativas que precisam ser publicizados, por isso esse espaço fez essa integração com o próprio município. Além disso, a proposta do espaço já foi entregue ao prefeito em forma de política pública, transformando-o em algo permanente para o município”, destaca a coordenadora do Conectando Gerações, Susanna Schwantes.

Durante os dias 21 e 22, entre cinco e sete projetos foram apresentados por turno – todos de Nova Prata. Um deles é o Projeto Pequeno Jardineiro. Desde sua criação em 1996, o programa tem ensinado técnicas de jardinagem, como o plantio e manejo de mudas, além de estimular o senso de responsabilidade e trabalho em equipe. No espaço, a ideia foi mostrar ao público a importância da iniciativa na transformação social dos cerca de 30 adolescentes entre 14 e 16 anos atendidos anualmente no programa – que é mantido pela Secretaria de Assistência Social de Nova Prata.

“O município ganha muito com o projeto, pois forma cidadãos melhores e diminui a probabilidade de seguirem por caminhos errados. Prezamos muito pelo lado humano deles, ensinando princípios e valores. Todos eles recebem no programa o primeiro salário, então isso é importante para eles darem valor e se manterem comprometidos. É uma faixa etária que é chave para passar esses ensinamentos de vida a eles”, reforça o funcionário público e monitor do programa, Márcio de Moraes.

Do setor privado também emergem iniciativas que agregaram ao espaço. A Spark, empresa voltada para o desenvolvimento de tecnologia para intralogística, esteve no evento como apoiadora e integrou o ambiente do Conectando Gerações.

No âmbito da segurança pública, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), da Brigada Militar, também cumpriu seu papel no espaço. A proposta constitui uma forma de atuação direcionada à prevenção ao uso/abuso de drogas e a práticas violentas dentro e fora do ambiente escolar.

Outros destaques

A programação ainda contou com o projeto Estrelas do Conhecimento, da Secretaria a Educação de Estrela, que apresentou o Jogo Digital Biomas Escolas, uma iniciativa da UFRGS (ambos levados ao evento pela Secretaria de Inovação do Estado do Rio Grande do Sul, dentro do Programa Educar para Inovar).

Além do programa de hortas comunitárias e sustentáveis, que tem a inclusão social de apenados nas comunidades locais, o projeto de equoterapia desenvolvido pela Ascodef e a audiência simulada organizada pelo curso de direito da UCS Nova Prata em parceria com o poder judiciário, entre outras ações de diferentes entidades, como OAB, APAE e ABEN.

Espaço Cidades

O palco de conexões montado na cidade ganhou um reforço extra também a partir do Espaço Cidades, organizado no Centro Empresarial de Nova Prata. A iniciativa teve como objetivo fomentar um movimento de união dos municípios da região pela inovação. A programação se concentrou no compartilhamento de experiências inspiradoras durante a quinta-feira, dia 21.

Foram apresentados e debatidos com cerca de 50 participantes, vindos de cidades da região – como Vila Flores, Veranópolis, Fagundes Varela, entre outras. Algumas das ideias apresentadas vieram de iniciativas como o 1º Observatório Municipal de Dados de Marau, cases de Minas Gerais, Curitiba e Itapema-SC, apresentação do Mapeamento de Cidades Resilientes feito pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e projetos do IFRS – Campus Veranópolis.