Em assembleia realizada nesta terça-feira (10), a Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (ASDEP) decidiu suspender todas as medidas de protesto contra o que a entidade considera como falta de valorização salarial do governo do Estado. Entre as resoluções estava a estratégia de não conceder entrevistas para imprensa.
Apesar da decisão, os delegados dizem que persiste o descontentamento da classe com a baixa reposição salarial concedida pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.
“Embora sejamos diretamente responsáveis pelos reduzidos índices de criminalidade no RS, o Estado não proporcionou a valorização condizente. O descontentamento da classe é muito significativo. Apesar da suspensão das medidas de protesto, a ASDEP agora adotará outras estratégias e persistirá na busca por uma valorização digna da classe”, destacou o presidente da associação, Guilherme Wondracek.
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Entenda o caso
As medidas haviam sido adotadas no dia 16 julho, em uma assembleia que avaliou a proposta de reajuste salarial de 12% em três parcelas pagas até 2026. A intenção era sensibilizar o governo estadual para melhorar a proposta. Entre as justificativas, a categoria alegou a redução dos índices de criminalidade no Rio Grande do Sul.
A categoria também havia adotado outras medidas de protesto. Entre elas, deslocamento somente com pagamento antecipado de diárias, pagamento por realização de atividades, compensação de folgas, além da suspensão total das atividades docentes na Academia de Polícia.
A situação se agravou no dia 22 de julho, com o cancelamento da sessão da Assembleia Legislativa marcada para votar projeto de reajustes salariais e reformulação na carreira do funcionalismo estadual. Em nova assembleia, no mesmo dia, os delegados decidiram suspender também a participação nas reuniões do programa RS Seguro.
