Acidente

CSG alerta sobre aumento no atropelamento de animais em rodovias no Vale do Caí e Serra Gaúcha

Concessionária registra 16 incidentes desde fevereiro de 2023, com destaque para trechos na ERS-240 e ERS-122. Proprietários podem ser responsabilizados criminalmente

CSG alerta
Foto: CSG / Divulgação


A Concessionária Sul Gaúcha (CSG) emitiu um alerta para os proprietários de animais que circulam nas faixas de domínio das rodovias sob sua gestão. A concessionária relatou um aumento significativo no atropelamento de animais, especialmente de grande porte, nos trechos concedidos no Vale do Caí e na Serra Gaúcha.

Desde fevereiro de 2023, ocorreram 16 casos de atropelamento, com seis incidentes apenas no mês de junho e mais um no início de julho. O atendimento inicial é realizado pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), seguido pelo envio de uma equipe treinada no manejo de animais ao local da ocorrência. Nenhuma vítima fatal foi reportada em decorrência desses acidentes.

Os trechos mais afetados estão localizados nas rodovias ERS-240, no Vale dos Sinos, e na ERS-122, na Serra Gaúcha. O diretor-presidente da CSG, Ricardo Peres, enfatiza que a negligência ou abandono de animais pode ser considerado crime ambiental, conforme a Lei 9605/98. Entre os animais de grande porte atropelados, como cavalos, ovelhas, vacas e terneiros, 16 óbitos foram registrados.

“Quando o proprietário do animal é identificado, a concessionária aciona as autoridades competentes. A negligência pode ser caracterizada como crime ambiental”, explica Peres.

A CSG dispõe de duas carretas específicas para o transporte de animais e uma para emergências, além de serviços de inspeção de tráfego, guinchos e ambulâncias para atender prontamente qualquer ocorrência. Guilherme Tessari, coordenador jurídico da empresa, reforça que, além do crime ambiental, no caso de acidentes com vítimas, o proprietário também poderá ser responsabilizado criminalmente.

Vanderlei Simão, coordenador do Serviço de Atendimento ao Cliente, destaca que o alerta visa chamar a atenção para a responsabilidade legal e a segurança de todos que circulam pelas rodovias.

“Quando deslocamos nossos profissionais para a retirada de animais de grande porte da via, que são de responsabilidade de seus proprietários, dividimos o efetivo no atendimento aos clientes”, enfatiza.

Além dos animais de grande porte, a CSG também monitora animais silvestres, conforme a Diretriz Técnica 06/2018 da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM). Desde o início da concessão do bloco três de rodovias, em 1º de fevereiro de 2023, a concessionária tem realizado o resgate de animais silvestres feridos. Neste ano, foram realizados oito atendimentos, predominando espécies como gambá e graxaim do campo. Muitos animais não puderam ser identificados devido ao estado avançado de decomposição das carcaças.

O atropelamento de animais domésticos de pequeno e grande porte, como cachorros e gatos, também preocupa a CSG. Karina Barros, engenheira e supervisora ambiental da concessionária, aponta que muitos desses incidentes resultam do abandono de pets por seus tutores.

“O abandono de animais em rodovias é uma prática cruel e perigosa. Eles ficam expostos a condições climáticas adversas, sentindo fome, frio, sede e especialmente expostos ao risco de atropelamento. Eles também acabam sendo uma ameaça à segurança viária, pois o condutor, ao se deparar com um animal na pista, pode executar frenagens bruscas e desvios, ocasionando graves acidentes”, salienta Barros.

 

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