A falta de chuvas afeta mais de 2,5 milhões de pessoas no Rio Grande do Sul, com prejuízos que vão do campo a cidade. Conforme a Defesa Civil Estadual, 253 prefeitos gaúcho decidiram decretar situação de emergência em função da crise da estiagem que aflige o Estado, desde os últimos meses do ano passado.
Na região da Campanha, o município de Bagé enfrenta racionamento de 12 horas de água, desde o último dia 8. O diretor do Departamento de Água e Esgoto de Bagé (Daeb), Max Meinke, esteve reunido com o corpo técnico da autarquia para realizar uma avaliação da medida, que dividiu o município em dois setores.
Segundo dados da Estação de Tratamento de Água (ETA), desde que iniciou o racionamento, está sendo registrada, em média, uma economia diária de 12% no consumo de água, o que torna mais lenta a redução dos níveis das barragens. A da Sanga Rasa está 4,65 m abaixo do nível normal. Já a barragem do Piraí está com 2,80 metros negativos, sendo cinco centímetros mais baixa que esta quinta-feira, quando havia sido realizada a última medição. A barragem emergencial, que é a menor da cidade, segue cheia.
Com previsões de baixos volumes de precipitação para os próximos dias, diante da crise, o Daeb decidiu por manter o racionamento neste sistema intercalado. Uma nova avaliação será realizada na próxima segunda-feira.
Em março, até o momento, choveu apenas 18 milímetros, enquanto a média histórica do mês é de 116,4 milímetros. Em janeiro, a cidade também registrou precipitações muito abaixo da média, chegando, assim, a um déficit de mais de 200 milímetros, somando os dois meses.
A autarquia segue realizando ações para amenizar os efeitos da medida. Uma delas foi a instalação de uma bomba, na Avenida Santa Tecla. O equipamento é utilizado para regular a pressão, fazendo com que a água consiga chegar com força e de maneira mais rápida em regiões mais altas e/ou distantes.