RECONHECIMENTO

Cientistas gaúchas recebem a maior certificação mundial em toxicologia

Izabel Vianna Villela e Miriana Machado, PhDs, conquistaram a prestigiosa certificação Diplomate of the American Board of Toxicology

Cientistas Izabel Vianna Villela e Miriana Machado. (Foto: InnVitro / Divulgação)
Cientistas Izabel Vianna Villela e Miriana Machado. (Foto: InnVitro / Divulgação)

As cientistas gaúchas Izabel Vianna Villela e Miriana Machado, PhDs, conquistaram a prestigiosa certificação Diplomate of the American Board of Toxicology (DABT). O título, concedido pelo American Board of Toxicology (ABT), um dos órgãos mais respeitados do
setor, reconhece profissionais com alto nível de conhecimento e competência global em
toxicologia.

As duas cientistas, que são as as únicas na América Latina que detém o DABT, lideram a InnVitro, empresa gaúcha especializada em projetos na área. A análise toxicológica é responsável por comprovar a segurança de alimentos, medicamentos, cosméticos e outros produtos industrializados e de consumo.

Avaliação em toxicologia

Relatórios gerados a partir dos ensaios realizados com os produtos são analisados criticamente e interpretados à luz da regulamentação e do conhecimento científico atuais. Esse processo permite compreender se há algum risco toxicológico previsto na
utilização de determinado produto.

A avaliação engloba matérias-primas, impurezas, contaminantes de processo e embalagens, fornecendo um panorama completo referente à segurança daquele produto para encaminhamento ao órgão responsável pela regulação – como Anvisa, Ibama e Mapa. Para a população, a análise de toxicologia de produtos para industrialização e utilização cotidiana, como alimentos, medicamentos e cosméticos, entre outros tantos, comprova sua segurança para uso ou consumo.

Para os fabricantes, o resultado da análise de toxicologia vem em forma de economia,
inclusive, de tempo, para a obtenção da aprovação ou registro de um produto e sua disponibilização no mercado. Exemplo discutido recentemente é o caso do polimetilmetacrilato, conhecido pela sigla PMMA. O Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitou à Anvisa a proibição de uso, produção e distribuição do PMMA. A substância plástica popularizou-se como “preenchedor”, porém, tem provocado lesões crônicas e inflamatórias em pacientes com usos e aplicações indevidas.

Do ponto de vista toxicológico, a matéria prima PMMA não é classificada como perigosa pela Agência Europeia de Químicos (ECHA, em dados de 2021). Contudo, é liberada para utilização como tratamento reparador em correções volumétricas faciais e corporais, tratando alterações de volume provocadas por sequelas de doenças como a AIDS e a paralisia infantil.

Para a utilização ser segura e não ter a probabilidade dos efeitos adversos, é fundamental que os produtos tenham sido previamente avaliados do ponto de vista toxicológico e aprovados pela ANVISA, sejam utilizados para o tipo de uso aprovado e aplicados por profissionais qualificados.