Foto: Pixabay/Ilustração
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Uma intensa frente de chuvas atingiu o interior do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (25), feriado de Natal. Os maiores acumulados, que ultrapassaram 150 milímetros em apenas meio dia, concentraram-se na região Central. Como consequência, ocorreram alagamentos urbanos, bloqueio de vias e a rápida elevação de riachos e arroios.

Acumulados expressivos em 12 horas

Entre a meia-noite e o meio-dia de Natal, os registros mais altos foram:

  • Tupanciretã: 155 mm
  • Faxinal do Soturno: 128 mm
  • Agudo: 127 mm
  • São Martinho da Serra: 124 mm
  • Santa Maria: 117 mm

Além disso, diversos outros municípios registraram marcas superiores a 100 mm no mesmo período.

Transtornos e danos em várias cidades

Os impactos foram imediatos. Em Faxinal do Soturno, a ERS-348 foi interditada após o Arroio Guarda Mor cobrir a pista. Na cidade, avenidas principais ficaram alagadas.

Em outras localidades, a situação também foi crítica:

  • Em Vale Vêneto (São João do Polêsine), riachos transbordaram e invadiram residências.
  • A estrada do Formoso, em Dona Francisca, ficou intransitável.
  • Em Agudo, o desvio para Dona Francisca tinha 15 cm de água.
  • Em Nova Palma, a comunidade da Salete sofreu danos.
  • Em Santa Maria, a Estrada dos Fontana, em Três Barras, foi bloqueada.

A Causa: Um “Rio Voador” persistente

Este evento extremo é causado por um rio atmosférico. Este fenômeno, um corredor de umidade vindo da Amazônia, atua sobre o estado há cinco dias. Um bloqueio atmosférico no Centro do Brasil mantém este fluxo constante, resultando em chuva frequente e volumosa.

Alerta para mais chuva intensa

A previsão indica que a instabilidade continua. Para a tarde e noite desta quinta-feira, há risco de nova chuva forte a intensa, principalmente do Centro ao Norte do estado. Podem ocorrer acumulados de 50 mm a 100 mm, com volumes isolados ainda maiores.

Portanto, o risco de alagamentos, enxurradas e a elevação de rios permanece alto. A condição de tempo instável deve persistir até domingo. Consequentemente, a população deve acompanhar os alertas oficiais e evitar áreas de risco.