Tiago Soares da Silva, conhecido como “Tiago Pequeno”, foi preso na manhã desta sexta-feira (18). Conhecido como um dos criminosos mais procurados do Estado, ele foi capturado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Capturas (Decap).
A prisão ocorreu em Xangri-Lá, no Litoral Norte, após semanas de monitoramento ininterrupto, que identificou os locais de circulação e ocultação utilizados pelo foragido entre a região litorânea e a Serra Gaúcha.
A operação contou com apoio do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos da Polícia Civil (GIE/PC/RS), desde o planejamento até a execução da ação, consolidando mais uma resposta efetiva da Polícia Civil ao crime organizado.
O delegado Gabriel Casanova, titular da Decap, ressalta o impacto de uma ação planejada e articulada com a equipe envolvida.
“A prisão de Tiago Pequeno, um dos nossos principais alvos, é resultado de um trabalho técnico e contínuo de monitoramento realizado pela Decap, buscando priorizar a captura de lideranças criminosas, independente de qual seja a facção”, destacou ele.
Histórico e periculosidade do criminoso preso
Tiago Pequeno é um dos principais nomes na hierarquia de uma das maiores facções criminosas do Estado, com liderança consolidada nas cidades de Gravataí e Cachoeirinha. A Polícia Civil desenvolve investigações, inclusive, da existência de tentáculos operacionais e influência sobre agentes e contratos públicos desses municípios.
O líder criminoso responde a dezenas de processos criminais por crimes gravíssimos, incluindo a vinculação direta à prática de pelo menos 11 homicídios consumados, além de tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, extorsões, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Após receber benefício de progressão antecipada de regime em 24 de março de 2024, Tiago Pequeno rompeu sua tornozeleira eletrônica em 19 de setembro e, desde então, encontrava-se foragido, sendo considerado alvo prioritário da Polícia Civil.
O diretor da Draco/DEIC, delegado Cassiano Cabral, destaca que Tiago Pequeno é um criminoso de alta relevância.
“É situação que sobrecarrega as forças de segurança, consome recursos humanos e financeiros, permite a reorganização das organizações criminosas, compromete a manutenção de bons índices e a sensação de segurança da população”.