Depois de 15 anos de tramitação, a ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), foi inocentada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de todas as acusações que haviam sobre ela, no caso da Operação Rodin. O processo investigou supostos atos de corrupção e improbidade administrativa em contratos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS), em 2007.
A sessão de julgamento ocorreu nesta quarta-feira (07). Por unanimidade, os desembargadores do TRF-4 reconheceram que, em nenhum momento, Yeda cometeu fraude, corrupção ou teve enriquecimento ilícito. Além disso, a Corte registrou que o Ministério Público Federal (MPF) não reuniu provas ou indícios de atuação dolosa ou intencional da ex-governadora.
“É uma enorme vitória. É o fim de uma provação que dura mais de uma década. Mas sempre acreditei na Justiça, e ela enfim chegou”, celebrou Yeda.
A ação tramita na 4ª turma do TRF-4. O relator foi o desembargador Marcos Roberto Araújo Santos. Acompanharam o voto, os colegas Luís Alberto Aurvalle, que presidiu a sessão; e Vívian Pantaleão.
O advogado Fábio Medina Osório, que defende a ex-governadora desde o início do caso, fez a sustentação oral em favor de Yeda.
“Por anos, Yeda foi vítima de uma grande injustiça. A decisão de hoje encerra esse capítulo, marcando de uma vez por todas sua inocência”, destaca Osório.
Yeda Crusius governou o Rio Grande do Sul entre 2007 e 2010. Ela foi a primeira mulher eleita para o cargo. Entre os destaques da gestão dela, estão o alcance do déficit zero, pela primeira vez em mais de 30 anos, pagamento dos salários dos servidores em dia, e bateu recorde no pagamento de precatórios devidos pelo Estado.