O Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre, ficou fechado por cerca de 170 dias. O motivo foram os estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, entre o fim de abril e maio deste ano. As operações de pousos e decolagens serão retomadas a partir desta segunda-feira (21).
Devido à continuidade das obras em parte das instalações, o aeroporto funcionará, inicialmente, das 8h às 22h, permitindo que os serviços restantes sejam realizados à noite. Além disso, neste primeiro momento, vão ser usados só 1.730m dos 3,2 mil metros da pista principal. Além disso, apenas seis posições de embarque direto (fingers aeroportuários) e uma remota.
Informações da Fraport Brasil, empresa concessionária responsável pelo funcionamento das instalações aeroportuárias, há 71 pousos e decolagens programados para o primeiro dia de operação. A expectativa é que a movimentação seja ampliada pouco a pouco, já que, mesmo operando com apenas parte da pista principal, o Salgado Filho já comporta até 128 operações domésticas por dia.
Operações
Com a retomada gradual das operações, check-in, despacho de bagagens, embarque e desembarque de passageiros voltam a ser feitos no próprio aeroporto – temporariamente, na área internacional, com acesso pelas portas 5 e 6 do segundo piso. Os primeiros estabelecimentos da praça de alimentação também começarão a funcionar na próxima semana. A previsão da Fraport é recuperar toda a pista de pouso e decolagem e restabelecer os primeiros voos internacionais até 16 de dezembro.
Importância
O Salgado Filho é responsável por mais de 90% do tráfego aéreo no Estado. O terminal teve que ser integralmente fechado em 3 de maio, quando a catástrofe socioambiental que afetou mais de 2,34 milhões de pessoas em 468 das 497 cidades do Rio Grande do Sul, registrando a morte de 183 pessoas, e alagou as pistas de pouso e decolagem e o terminal de passageiros.
Em julho, a Fraport Brasil retomou parcialmente o processamento (check-in e desembarques) de passageiros e o controle de segurança no aeroporto, mas os clientes continuaram sendo transportados, em ônibus, de/para a Base Aérea de Canoas, a cerca de 10 quilômetros de distância, de onde os aviões partiam ou chegavam.