O Juventude criou e reforçou um protocolo de ações para evitar ser vítima de possíveis manipulações de resultados, em função de apostas.
Em 2022, o clube foi um dos prejudicados com adulterações em lances e cartões, o que resultou na punição por parte do STJD para quatro atletas do elenco que foi rebaixado para a Série B naquela temporada. O caso só veio à tona no ano seguinte, quando já era tarde para qualquer ação preventiva, que é o objetivo da medida tomada e agora enfatizada pelo clube.
Desde então, o Juventude promove palestras sobre o assunto para os jogadores – em 2025, já foram realizadas duas – e criou uma cartilha que explica todas as irregularidades, comportamentos considerados suspeitos e prevê as punições.
No protocolo também está previsto o prévio afastamento de qualquer atleta envolvido em investigações e a posterior demissão, caso as denúncias sejam comprovadas judicialmente.
Caso Ênio
Ainda no Rio de Janeiro, por ocasião do jogo contra o Botafogo-RJ pelo Campeonato Brasileiro no último sábado (05), o presidente Fábio Pizzamiglio se reuniu com os atletas e reforçou o conteúdo, com recomendações claras sobre os casos, diante da denúncia que envolve o atacante Ênio.
A comissão técnica jaconera também conversou com os líderes do atual elenco sobre o caso.
Por outro lado, o Juventude também trabalha para preservar Ênio enquanto a investigação anda, já que o jogador ainda não é considerado culpado, mas tão somente alvo de suspeitas.
Nos bastidores, o clube também se revela surpreso com a forma com que o caso “vazou” para a imprensa, antes mesmo de qualquer investigação, bem diferente do que aconteceu em todos os outros casos recentes, envolvendo jogadores de outros clubes, cuja investigação se deu em sigilo até o final.
Até a conclusão dos inquéritos, o clube monitora a situação, contribuindo para as investigações, caso seja necessário.