O América Futebol Clube divulgou, neste domingo (23), uma nota de repúdio após um episódio ocorrido no sábado (22), durante a estreia no Campeonato Brasileiro Feminino, na Serra Gaúcha. Quatro jogadoras do América/MG denunciaram Claiton Tim, um dos assistente de arbitragem do jogo contra o Juventude, em Bento Gonçalves, por proferir palavras e piadas de cunho sexual, direcionadas às atletas, antes do início da partida. O fato ocorreu no empate por 1 a 1. As declarações foram feitas por meio do rádio comunicador, ouvidas por outros membros da arbitragem.
De acordo com o clube, as atletas registraram boletim de ocorrência e formalizaram a queixa na delegacia da cidade contra o árbitro auxiliar. O América classificou o comportamento do profissional como “absolutamente inaceitável” e ressaltou que o caso configura uma grave ofensa, que não pode ser tolerada no esporte ou em qualquer outro ambiente.
O clube afirmou que confia nas autoridades competentes para apurar os fatos com rigor e aplicar as sanções cabíveis ao agressor. Além disso, informou que enviará um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na próxima segunda-feira (24), relatando o ocorrido e colocando-se à disposição para colaborar com as investigações. O objetivo é garantir que medidas sejam tomadas para evitar a reincidência de casos semelhantes.
O América Futebol Clube reafirmou, ainda, seu compromisso com a promoção de um ambiente esportivo respeitoso e livre de qualquer forma de violência ou discriminação.
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“O clube não se calará diante de situações que violem a dignidade de suas atletas e de todos os envolvidos no futebol”, destacou a nota.
A reportagem tentou contato com o presidente da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol do Rio Grande do Sul (CEAF/RS), Leandro Pedro Vuaden, para obter um posicionamento sobre o caso. No entanto, até o fechamento da matéria, Vuaden não havia se manifestado.
Pronunciamento da CBF
A Comissão de Arbitragem da CBF se manifestou sobre o caso, informando o afastamento do assistente de arbitragem Claiton Tim, da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), até o final da apuração da denúncia. Caso seja considerado culpado, o assistente será banido da arbitragem. A CBF também anunciou que irá solicitar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e às autoridades policiais uma investigação rigorosa do caso. Em nota, a entidade reafirmou seu compromisso no combate ao assédio e a todo tipo de preconceito no futebol.
