
Logo após a derrota para o Flamengo, que tirou o Inter da Libertadores, o presidente Alessandro Barcellos afirmou que não tinha conhecimento sobre os responsáveis pela falha no acionamento do papel picado antes de a bola rolar, mas prometeu realizar uma investigação. Nesta quinta-feira, menos de 24 horas após a partida, dois funcionários do clube da área de relacionamento social foram demitidos por terem participado da ação.
O papel picado prateado foi jogado da cobertura do Beira-Rio por cinco ou seis pessoas a serviço do próprio clube. Segundo apurou o CP ainda na noite de quarta-feira, o material seria utilizado somente em caso de vitória colorada e classificação para a próxima fase do torneio. Porém, alguém deu a ordem para que a ação fosse feita antes, pouco depois de os jogadores entrarem em campo.
Com o gramado completamente tomado pelos papeizinhos prateados, o árbitro uruguaio Esteban Ostojich não deu autorização para o início do jogo. Por isso, foi desencadeada uma improvisada operação de limpeza que contou com sopradores, redes e vassouras.
A partida foi retardada em 21 minutos e só começou quando boa parte do material foi recolhido. A falha será relatada em súmula e certamente deverá resultar em uma punição ao Inter, provavelmente na forma de multa.
Nota Oficial do Clube
Na noite desta quinta-feira (21), o clube divulgou uma nota sobre o caso:
“Sobre o episódio dos papéis picados, o Inter informa que projetou a ambientação de jogo para recepcionar o time e a torcida no duelo contra o Flamengo, pelas oitavas de final da Libertadores, com ações como CO² nas laterais e atrás das goleiras, balões tubulares em áreas do estádio e bandeirões das torcidas organizadas, além do papel picado, todos devidamente previstos e liberados pelo regulamento da Conmebol. Entretanto, a ação deveria ter ocorrido em outro setor do estádio, em menor volume e sem o material prateado. Apuramos internamente que foram tomadas decisões não autorizadas pelo Clube na execução da ação. Os responsáveis foram identificados e as medidas cabíveis já foram aplicadas”.
Fonte: Correio do Povo