Em condição financeira delicada, a expectativa que era de superávit entre janeiro e julho de 2022, acabou se tornando um déficit de R$21,1 milhões para o Internacional. Os números dos primeiros sete meses de 2022 serão apresentados e analisados pelo Conselho Deliberativo na próxima segunda-feira.
Uma das alternativas para este cenário de boas expectativas foi a venda do atacante Yuri Alberto para o futebol russo, no entanto essa negociação não foi capaz conter os gastos elevados.
Mesmo com números negativos a expectativa é que neste segundo semestre a situação melhore, tendo em vista que as receitas do clube colorado devem ser maiores. Na competição nacional, o Brasileirão a equipe gaúcha está na segunda colocação. Mantendo esta até o final da campanha, R$31 milhões entrarão nos cofres do clube.
Em uma reunião no dia 13 de junho, o atual presidente do Inter Alessandro Barcellos admitiu que a atual situação vivida pela equipe é preocupante. Nessa reunião foram debatidos temas como a possibilidade de reajuste de mensalidades de associados.
“Eu só quero trazer um elemento que não foi tratado aqui, mais como subsídio para o debate. O Internacional, em pouco tempo, aumentou a sua dívida de R$ 300 milhões para R$ 600 milhões. E esse aumento se deu por uma razão: ele tinha capacidade de endividamento e ele buscava o financiamento do seu fluxo de caixa nos bancos. Mas acabou. O endividamento está no limite, não tem mais capacidade de endividamento, não tem mais onde buscar fluxo de caixa, e isso é uma responsabilidade de todos nós. Essa barbada acabou, não tem mais limite no banco para buscar, não tem mais crédito para pegar, e o fluxo de caixa precisa ter regularidade”, disse o presidente, aos conselheiros, em reunião.
A forte elevação dos investimentos no futebol, que extrapolaram em mais de R$ 50 milhões os valores orçados para o período entre janeiro e julho, chamam atenção. Ao invés dos R$ 143,2 milhões que haviam sido projetados, em sete meses foram gastos R$ 193,7 milhões.
Até o momento foram arrecadados quase R$ 150 milhões com a venda de atletas, com a previsão inicialmente sendo de R$ 120 milhões. Para fechar o ano com superávit, será necessário vender mais atletas.