O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou o Juventude nesta quarta-feira (15) pelo ato de racismo de um torcedor contra o volante Gustavo Bochecha, do Botafogo. A equipe gaúcha terá de pagar multa no valor de 10 mil reais.
O evento aconteceu durante o duelo pela terceira fase da Copa do Brasil, no Alfredo Jaconi. No banco de reserva, Gustavo Bochecha ouviu gritos da palavra “macaco” vindo de um torcedor do Juventude, que foi identificado e encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim) do Alfredo Jaconi para registro da ocorrência.
Em nota oficial assinada pelo presidente Walter Dal Zotto Jr., o clube gaúcho concordou com a punição e ressaltou a importância de acabar com o preconceito, afirmando que o homem está proibido de entrar no estádio por 720 dias.
“Pela gravidade do fato, e por ser uma punição pedagógica também, acreditamos que a medida foi adequada. Mas reiteramos a conscientização definitiva de nossos torcedores, mesmo que isolados, para o fato. O torcedor em questão, além do pedido de impossibilidade de frequentar o Jaconi por 720 dias, poderá ainda sofrer denúncia na esfera criminal, o que está sendo analisado pelo advogado e pelo atleta do Botafogo, que tem até seis meses após o fato para tal. Não podemos mais tolerar esse tipo de comportamento em nossa sociedade”, disse o presidente em nota.
O clube foi denunciado pelo artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.