O comissário da Polícia Nacional do Paraguai, César Silguero, disse nesta quinta-feira (5) que os números dos passaportes apreendidos na suíte do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho pertencem a duas mulheres de origem paraguaia, moradoras de Assunção. Silguero disse, em entrevista coletiva, que os passaportes recolhidos pelas autoridades policiais são originais mas que foram adulterados. Além disso, ele explicou que há duas cédulas de identidade totalmente falsas, com as fotos de Ronaldo e seu irmão.
Ronaldinho Gaúcho prestou depoimento ao MP nesta tarde, mas não falou sobre o caso. Um advogados dele, Adolfo Marín, afirmou à imprensa paraguaia que o ex-jogador e o irmão não têm restrições de circulação. Porém, ambos vão ficar no Paraguai por enquanto. Ainda não está claro como os documentos falsificados foram parar nas mãos do ex-jogador e do irmão. De acordo com o Ministério Público, os passaportes usados por Ronaldinho foram retirados em janeiro e entregues na quarta-feira.
O procurador responsável pelo caso, Federico Delfino, disse a jornalistas que Ronaldinho e seu irmão saíram do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, com documentação brasileira e teriam recebido os passaportes paraguaios assim que deixaram o avião. Um empresário brasileiro de 45 anos, suspeito de ter fornecido os documentos irregulares, foi detido. Ele passou a noite na sede de Investigação de Delitos da Polícia Nacional. Segundo a investigação, os brasileiros teriam recebido os documentos na sala VIP do aeroporto internacional da capital paraguaia. O ex-ídolo da seleção brasileira de futebol está na capital paraguaia para compromissos comerciais.