O Esportivo foi a campo pela segunda vez desde a retomada do futebol e empatou com o Internacional na Montanha dos Vinhedos. Com um pênalti para cada lado, João Pedro e William Pottker marcaram ainda no primeiro tempo os gols da partida. O Esportivo é segundo colocado do Grupo B, com 8 pontos ganhos.
O primeiro tempo não começou dos melhores, com muitos erros de passe e poucas chances de gol. A primeira tentativa veio apenas aos 15 minutos e do lado do Esportivo, que surpreendeu Danilo Fernandes com uma cobrança de escanteio fechada. Até os 30’, a maior emoção colorada foi um pedido de pênalti, negado por Anderson Daronco. A falta de ritmo mostrou suas caras de maneira mais escancarada em um desarme completamente fora de tempo do zagueiro Roberto, que acabou recebendo o primeiro cartão amarelo da partida.
Enquanto os 35 minutos iniciais reservaram poucos destaques, o jogo esquentou na reta final. O Esportivo avançou pela direita, Marcão cruzou e, após uma tentativa ineficaz de afastar a bola, Rodrigo Lindoso fez falta dentro da área em cima de João Pedro. A falta do volante deixou tudo igual no placar interno: um pênalti de Musto e um de Lindoso desde que o futebol voltou no estado. Danilo Fernandes até acertou o canto, mas não se esticou o suficiente e João Pedro converteu a cobrança, deixando o Tivo a frente no placar.
Dois minutos depois, o jogo virou e Robert chegou de sola em cima de Sarrafiore, que ouviu o apito de Daronco demarcar mais uma penalidade. Pottker foi para a cobrança. Bola de um lado, Renan do outro e tudo igual na Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. O primeiro tempo ainda contou com mais um destaque. Depois de uma bola afastada, Roberto acreditou no ataque, atuou como um ponta e foi derrubado em cima da linha. Sarrafiore foi para a cobrança da falta, cruzou e William Pottker soltou uma bomba que explodiu no travessão. Trave não é gol e o jogo seguiu empatado.
Se o primeiro tempo teve uma apresentação apática, o adjetivo do segundo foi sonolento. Ambas as equipes voltaram sem mudanças e na totalidade dos 45 minutos apenas o Esportivo teve chances. Duas, para ser mais específico. Uma com Caprini e outra com Flávio Torres, já no final da segunda etapa.
Coudet mudou no time aos 12’ e fez logo de cara uma troca dupla. Musto entrou no lugar de Roberto e se instalou como um terceiro zagueiro enquanto Galhardo foi inserido no ataque substituindo o decepcionante Sarrafiore. O esquema do Inter agora era outro, com 3 zagueiros (Jussa, Musto e Zé Gabriel) e Patrick recuando para uma posição de ala-esquerda, contrapondo Rodinei. O meio-campo contava com Rodrigo Lindoso, Nonato e Marcos Guilherme.
Para bem da verdade, o Inter teve uma chance com Rodrigo Lindoso. O volante recebeu um belo cruzamento de Pottker e cabeceou, com a bola raspando o travessão de Renan. Na marca de 30’, Coudet ingressou Peglow no jogo e trouxe mais dinamicidade à partida, mas, infelizmente, não trouxe mais qualidade. O jogo ainda contou com a entrada de Praxedes aos 44’, que, como esperado, não surtiu efeito.
Em suma, uma partida morna, com poucas chances e menos destaques ainda. O Inter foi burocrático do início ao fim e, com a exceção de raras jogadas de Patrick e Thiago Galhardo, não apresentou um bom futebol. Os estreantes do dia, Matheus Jussa e João Peglow, não tiveram atuações memoráveis.
O Esportivo volta a campo no meio da próxima semana contra o Juventude, em partida válida pela última rodada da Taça Francisco Novelletto.
Fonte: O Bairrista
Fotos: Max Peixoto