Esportes

Entenda porque os jogadores protestaram nos jogos em todas as divisões do futebol brasileiro

Gabigol protesta contra a mudança em pontos da Lei Rei Pelé, colocando a mão em sua boca, antes da partida contra o Corinthians.

Entenda porque os jogadores protestaram nos jogos em todas as divisões do futebol brasileiro
Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

Neste fim de semana os jogadores fizeram protestos contra as mudanças na Lei Geral do Esporte. Logo após o apito inicial, os atletas que atuaram pelas quatro divisões do futebol brasileiro ficaram sem jogar por 35s até um minuto nos confrontos.

Na última quarta-feira (06), a Câmara dos Deputados aprovou o texto da nova Lei Geral do Esporte, que contempla todas as normas esportivas do Brasil. A proposta contou com amplo apoio entre os parlamentares durante a votação. Desde então, jogadores passaram a criticar a medida pois, segundo eles, ela retira deles direitos trabalhistas.

O protesto deste sábado e domingo foi organizado pela União dos Atletas de Futebol “Séries” ABCD. Segundo o grupo, protestos como este só terão fim quando o Senado Federal, que ainda tem de apreciar as mudanças aprovadas pela Câmara, decidir ouvir a comissão de atletas sobre o tema.

Os jogadores reclamam que o novo projeto aumenta dos atuais 40% para 50% a fatia da remuneração que pode ser paga como direito de imagem.

A possibilidade de parcelamento e redução da multa rescisória também é motivo de reclamações. Hoje o valor mínimo é igual ao que resta ser pago em salários até o fim do contrato – e deve ser pago à vista em caso de demissão. O projeto prevê a possibilidade de redução e de parcelamento caso clube e atleta entrem em acordo.

O novo texto também prevê que, caso o atleta assine contrato com outro clube antes de receber o que devia, o empregador anterior fica isento de pagar o restante se o salário do novo clube for maior que no contrato rescindido. Se for menor, deverá ser paga apenas a diferença.

Ao mesmo tempo que é criticado por jogadores, o Projeto de Lei é elogiado pelos clubes, porque segundo eles “torna mais simples a legislação trabalhista”.

Fonte: G1