Após meses de especulações e negociações conduzidas com discrição, o técnico italiano Carlo Ancelotti assumirá, enfim, o comando da Seleção Brasileira. Por fim, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou oficialmente a contratação na manhã desta segunda-feira (12), colocando um ponto final em uma longa fase de indefinições.
O anúncio ocorre um dia após a derrota do Real Madrid por 4 a 3 para o Barcelona, em um clássico eletrizante disputado no Estádio Olímpico Lluís Companys. Com o revés e o fim da temporada espanhola se aproximando, abre-se caminho definitivo para a transição de Ancelotti ao comando da Seleção.
Segundo o jornal espanhol Marca, que antecipou a notícia na semana passada, Ancelotti e a CBF vinham negociando há semanas. As conversas, no entanto, esbarravam em obstáculos para liberá-lo antes do fim do contrato com o Real Madrid. Agora, com a saída encaminhada, cresce a expectativa pela estreia do treinador italiano. Ele deve comandar o Brasil já em junho, nos jogos contra Paraguai e Colômbia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Novo ciclo e ruptura com a tradição
Aos 65 anos, Ancelotti encara o desafio de comandar uma seleção nacional pela primeira vez. Trata-se de um novo capítulo em uma das carreiras mais vitoriosas do futebol de clubes. Ele passou por gigantes como Milan, Chelsea, Bayern de Munique, Paris Saint-Germain e, por duas vezes, pelo Real Madrid. Ao longo da trajetória, conquistou títulos expressivos, incluindo quatro Ligas dos Campeões da UEFA — marca inédita entre os técnicos.
Nesse contexto, sua chegada representa uma ruptura com a tradição da CBF, que historicamente priorizou treinadores brasileiros. Além disso, o movimento indica uma tentativa clara de oxigenar o ambiente da Seleção e, consequentemente, recolocá-la entre as protagonistas do futebol mundial, especialmente após desempenhos abaixo do esperado nos últimos ciclos.
Ancelotti deve assumir oficialmente o cargo após o fim da temporada europeia. Até lá, a CBF ajustará os detalhes finais do contrato e preparará a transição no comando técnico, mirando um novo ciclo de conquistas.