INCLUSÃO

Seminário em Caxias do Sul debate potencial de crianças superdotadas

Evento na Serra Gaúcha reuniu mais de 250 pessoas para debater identificação, acolhimento e valorização de altas habilidades na educação

Foto: Marines Bertuol / Divulgação
Foto: Marines Bertuol / Divulgação

O Colégio Polyuni foi palco do 1º Seminário de Altas Habilidades e Superdotação da Serra Gaúcha, neste sábado (02). O evento, realizado em Caxias do Sul, reuniu mais de 250 profissionais da educação, pesquisadores, famílias e estudantes para um dia de reflexão e aprendizado. Foi promovido pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Altas Habilidades e Superdotação da Câmara Municipal de Caxias do Sul. O evento teve como objetivo dar visibilidade ao tema e promover ações voltadas ao reconhecimento e à valorização desses talentos.

A programação iniciou pela manhã com a palestra da psicóloga Patricia Neumann. Ela destacou a importância do desenvolvimento emocional de crianças superdotadas como forma de garantir uma vida adulta saudável. Em seguida, a pesquisadora Aline Lenzi, da UCS, apresentou um pitch acadêmico. Ela trouxe instrumentos de identificação de altas habilidades no ensino fundamental. Ainda no turno da manhã, uma mesa-redonda reuniu diferentes olhares sobre o cotidiano de quem convive com altas habilidades. Esses olhares incluíram a perspectiva da escola, da família e do próprio superdotado.

“Quando a escola enxerga o potencial de cada estudante e oferece um ambiente desafiador, respeitoso e estimulante, o processo de aprendizagem se torna transformador. Precisamos romper com a ideia de que apenas dificuldades merecem atenção. Os talentos também precisam de espaço para florescer”, destacou o educador.

Estratégias e inclusão

O início da tarde foi marcado pela palestra do professor cearense Áthyllas Lopes. Ele tratou sobre as estratégias pedagógicas eficazes para potencializar talentos no ambiente escolar, enfatizando a importância de práticas educacionais inclusivas. Essas práticas devem ser atentas à singularidade de cada aluno.

“As altas habilidades e a superdotação ainda são pouco compreendidas na sociedade. Nosso objetivo com este seminário foi abrir espaço para o diálogo, ouvir especialistas, envolver a comunidade escolar e, acima de tudo, garantir que essas crianças e jovens sejam reconhecidos e acolhidos em seu potencial. Este foi apenas o começo de um movimento que precisa se fortalecer ainda mais”, afirmou a presidente da Frente, vereadora Marisol Santos.