Mais de três anos após a interdição do saguão da Escola Estadual de Ensino Médio Alexandre Zattera, no bairro Desvio Rizzo, em Caxias do Sul, a comunidade escolar ainda aguarda a finalização das reformas, que ainda preveem reparos de instalações elétricas e readequação de esgoto. O pátio foi interditado em julho de 2021, quando se comprovou o risco de desabamento do telhado.
A obra, cuja previsão inicial de conclusão era novembro deste ano, deve ser entregue somente nos primeiros meses de 2025, em função de um aditivo ao contrato. Agora, a nova previsão de entrega é de 60 dias após a assinatura do documento, o que deve acontecer nos próximos dias.
Conforme nota da Secretaria de Obras Públicas (SOP), a justificativa é a necessidade de mais reparos em função das fortes chuvas que atingiram o Estado nesse ano. Assim, também será necessário reformar paredes, piso e teto do refeitório, além de instalar uma nova caixa de água. Com o aditivo, orçado em R$ 468 mil, o investimento total aumenta para R$ 1,4 milhão.
Problemas em licitações atrasaram obra
A primeira licitação para a execução das reformas foi anunciada somente em 2022, quase um ano depois da interdição da área, em meio a constantes protestos de moradores da região e da comunidade escolar. Contudo, segundo a 4º Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), houve desistências de empresas contratadas para a licitação, o que atrasou ainda mais o processo.
Assim, desde a requisição inicial da obra, foram registrados pelo menos dois abandonos de empresas do processo licitatório. O mais recente envolveu o contrato com a empresa Boa Vista Construções, que, em agosto de 2023 abandonou a licitação e deixou a obra inacabada, com diversos entulhos espalhados na parte externa da instituição de ensino. O empreendimento só foi retomado nove meses depois, em maio de 2024, com a contratação da empresa Lotto Engenharia e Construções. O prazo inicial firmado para a obra era novembro deste ano.
Alunos ingressam por entrada alternativa para garantir segurança
Atualmente, são cerca de 900 alunos prejudicados diariamente com a interdição parcial da escola, diante da constante necessidade de remanejamento para salas alternativas. Além disso, desde a interdição, os estudantes utilizam uma entrada improvisada junto à sala dos professores. Diariamente, eles são organizados em filas a partir de marcações no chão do pátio, e as turmas ingressam na escola uma por vez.
Com parte da escola interditada, os horários de aulas presenciais foram reduzidos e algumas aulas são realizadas de forma remota. Em função das restrições no espaço físico, aulas de educação física ocorrem em uma área na parte externa próxima à instituição de ensino.