A possível instalação de um campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em Caxias do Sul, uma demanda existente desde a década de 70, demandou duas horas de reunião entre lideranças empresariais e a reitora Marcia Barbosa, na noite dessa quarta-feira (26), conduzida pelo presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), Celestino Oscar Loro.
Durante a reunião, os empresários reforçaram o papel da UFRGS na geração do conhecimento e apresentaram sugestões de cursos que atendam às principais demandas do mercado de trabalho da Região, especialmente em áreas consideradas estratégicas para o crescimento econômico no atual contexto local. As engenharias, em suas diferentes habilitações, foram apontadas como uma das formações prioritárias.
Loro enfatizou que a implementação do campus da UFRGS terá impacto direto na qualificação da força de trabalho regional e contribuirá para o desenvolvimento econômico e social de toda a Serra Gaúcha.
“Caxias do Sul é um polo industrial, comercial e de serviços fundamental para o Rio Grande do Sul, com uma economia dinâmica e fortemente inserida no mercado externo. Ter uma extensão da UFRGS na cidade seria um avanço significativo para suprir a demanda por profissionais altamente qualificados”, afirmou o presidente da CIC Caxias.
O dirigente ainda pontuou a necessidade de a instituição apresentar flexibilidade de horários, para se adequar ao perfil socioeconômico da Região.
Acompanhada dos professores Fabian Domingues e Liane Loder, membros da comissão encarregada de definir os cursos que serão oferecidos na instituição, e da deputada federal Denise Pessôa, a reitora Marcia Barbosa fez uma apresentação sobre a UFRGS e um histórico das negociações para a instalação do campus em Caxias do Sul, incluindo a visita ao Campus 8 da Universidade de Caxias do Sul (UCS), que deverá ser adquirido para sediar a nova instituição.
A comissão também já se reuniu com as secretarias estadual e municipal de Educação, com a Reitoria da UCS e participou de audiência pública na Câmara de Vereadores. “Agora vim escutar o mercado”, afirmou Marcia, salientando que a ideia é compreender as necessidades locais e avaliar a viabilidade de uma extensão que atenda a essas demandas. Ainda de acordo com a reitora, a estratégia de instalação do campus Serra Gaúcha passa pela oferta de cursos, inicialmente seis, que atendam aos estudantes, ao mercado e ao setor público.