O Sindilojas Caxias emitiu um alerta sobre o crescimento no índice de inadimplência entre pessoas físicas adultas em Caxias do Sul. Os dados, fornecidos pela CDL Porto Alegre através da ferramenta Equifax Boa Vista, revelam um aumento significativo ao longo de 2025, seguindo a tendência estadual e nacional.
A pesquisa detalha que o percentual de caxienses negativados saltou de 31,9% em janeiro para 34,1% em setembro. No mesmo período, o Rio Grande do Sul viu o indicador ir de 33,2% para 35,41%, enquanto no Brasil o avanço foi de 32,2% para 33,8%. Esse cenário impacta diretamente sobre a capacidade de consumo das famílias e sobre o varejo.
Segundo o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, a situação é agravada pelo alto custo do crédito. Ele atribui a pressão sobre o orçamento familiar à Taxa Selic, que se mantém no maior patamar desde 2006, elevando os juros e amortizações.
“O que ameniza esse quadro, no curto prazo, é o aquecimento do mercado de trabalho e os incentivos à demanda do Governo Federal. Mas ainda assim, o cenário exige cautela”, afirma Oscar Frank.
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O presidente do Sindilojas Caxias, Rossano Boff, ressalta a necessidade de os empresários monitorarem os indicadores de crédito. A orientação é que adotem políticas responsáveis tanto na concessão quanto na cobrança, visando a sustentabilidade do negócio.
Para os consumidores, Boff recomenda cuidados práticos no dia a dia. É fundamental planejar o orçamento, anotando gastos, definindo prioridades e evitando compras por impulso para manter as finanças sob controle.
“O crédito é uma ferramenta poderosa, mas precisa ser usada com consciência. Planejamento e controle do orçamento são atitudes que fortalecem não apenas as famílias, mas também o comércio local e a economia regional como um todo”, falou Boff.
O uso consciente do crédito também é crucial. Deve-se evitar pagar apenas o valor mínimo do cartão e não recorrer ao cheque especial como complemento de renda, dada as altas taxas de juros dessas modalidades. Outra dica inclui criar uma reserva financeira, mesmo que com pequenos valores, para cobrir imprevistos sem precisar contrair dívidas caras.
