Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou, nesta quarta-feira (10), o novo valor do salário mínimo nacional. A partir de 2026, o piso salarial dos brasileiros passará dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.621. O reajuste representa um acréscimo de R$ 103, ou 6,79%.

O índice foi calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou uma variação de 0,03% em outubro e acumula alta de 4,18% em doze meses. A mudança oficial terá início em janeiro, mas os trabalhadores só vão sentir o impacto no pagamento efetivo recebido em fevereiro.

A regra legal do reajuste combina duas correções. A primeira é a reposição da inflação medida pelo INPC acumulado até novembro do ano anterior, que ficou em 4,18%. A segunda parte leva em conta o crescimento da economia nacional em dois anos.

Recentemente, o IBGE revisou a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, confirmando um crescimento de 3,4%. No entanto, o arcabouço fiscal, que controla os gastos públicos, impõe um limite para o ganho real: o aumento acima da inflação deve ficar entre 0,6% e 2,5%.

Com esse mecanismo, o cálculo inicial do salário mínimo para 2026 chegou a R$ 1.620,99. Por força da lei, o valor é arredondado, resultando nos R$ 1.621 anunciados, com reajuste total de 6,79%.

A confirmação do índice vai obrigar o governo a revisar as projeções para as contas públicas no próximo ano. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, aprovado pelo Congresso, estimava um salário mínimo maior, de R$ 1.627, com reajuste de 7,18%.