DESEMPENHO

Economia de Caxias do Sul tem queda em abril puxada pela indústria e comércio

Os quatro primeiros meses de 2025 mostram cenário de desaceleração; já no acumulado dos últimos 12 meses, cidade ainda apresenta crescimento

Economia de Caxias do Sul tem queda em abril puxada pela indústria e comércio Economia de Caxias do Sul tem queda em abril puxada pela indústria e comércio Economia de Caxias do Sul tem queda em abril puxada pela indústria e comércio Economia de Caxias do Sul tem queda em abril puxada pela indústria e comércio
Foto: Denise Suzin Borges/CIC Caxias
Foto: Denise Suzin Borges/CIC Caxias

A economia de Caxias do Sul registrou queda de 1,7% em abril na comparação com março, segundo o Índice de Desempenho Econômico (IDE/Caxias). A retração foi puxada, principalmente, pelo desempenho negativo da indústria (-4,2%) e do comércio (-1,8%). Por outro lado, o setor de serviços teve alta de 3% no período. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Caxias).

Na comparação com abril do ano passado, o recuo foi de 3,5%. Destacou-se a retração de 8,5% na indústria, que acumula o terceiro mês seguido de queda neste comparativo. O comércio caiu 0,7%, e os serviços seguiram em trajetória positiva, com avanço de 4%.

O acumulado dos quatro primeiros meses de 2025 mostra um cenário de desaceleração. A indústria apresenta retração de 4,5% e o comércio, de 0,2%. Já os serviços acumulam crescimento de 5,9%, o que contribuiu para que o desempenho geral da economia caxiense no ano registrasse queda mais moderada de 0,7%.

No acumulado dos últimos 12 meses, Caxias do Sul ainda apresenta crescimento de 3,5%. O setor de serviços se destaca com alta de 9,5%, enquanto a indústria (1,2%) e o comércio (0,6%) mostram sinais de estagnação. Para o diretor de Planejamento, Economia e Estatística da CIC Caxias, Tarciano Mélo Cardoso, o ritmo da atividade econômica local vem perdendo força nos últimos meses. Possivelmente, isso reflete os impactos de um cenário macroeconômico mais desafiador, com juros elevados e retração na confiança empresarial.

Mercado de trabalho

Apesar da desaceleração na atividade, o mercado formal de trabalho manteve saldo positivo em abril, com a geração de 298 vagas com carteira assinada. O setor de serviços foi o principal responsável pela criação de empregos (261 postos), seguido por comércio (137), construção (42) e indústria (35). Apenas a agropecuária teve saldo negativo, com fechamento de 177 vagas.