O governo do Estado lançou nesta quarta-feira (30) o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável em evento na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. O documento contém um diagnóstico do Rio Grande do Sul e traça estratégias para impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) e o crescimento econômico.
Cerca de 500 pessoas participaram da construção do projeto, incluindo lideranças da gestão do governo, do setor privado e da academia, com apoio da consultoria internacional McKinsey. Foram realizadas diferentes etapas, incluindo sessões de ideação, workshops, entrevistas individuais e agendas em secretarias.
Em relação ao PIB, a meta, de acordo com o plano, é dobrar o crescimento econômico anual do Estado até 2030, chegando a 3%. Nas últimas duas décadas, a média do Rio Grande do Sul ficou em 1,6% ao ano.
Elaborado durante seis meses, o estudo apresentado partiu de uma perspectiva do cenário econômico do RS e de como foi a trajetória de avanço nos últimos vinte anos. A análise recaiu sobre indicadores socioeconômicos e de competitividade. Dessa forma, o plano está lastreado em três pilares principais:
- Econômico: analisa a trajetória de crescimento do PIB a partir dos componentes de força de trabalho e produtividade;
- Inclusivo: analisa indicadores de renda e mercado de trabalho incluindo visão por região funcional para indicadores selecionados;
- Sustentável: analisa oportunidades selecionadas no contexto ambiental do Estado e seu posicionamento em termos de resiliência climática.
Para os pilares se concretizarem, cinco prioridades estratégicas entram em ação:
- Capital humano: qualificar a educação básica e profissional, consolidar escolas em tempo integral e atrair e reter pessoas.
- Ambiente de negócios: simplificar o ambiente para empreendedores e consolidar o Rio Grande do Sul como destino de investimentos.
- Inovação: converter a inovação e tecnologia em produtividade e avançar com a inteligência artificial na matriz econômica.
- Infraestrutura: reestruturar e diversificar a logística estratégica.
- Recursos naturais: potencializar a transição energética, a resiliência climática e a irrigação.
A partir das análises e projeções realizadas, foram identificados 12 setores nos quais o Rio Grande do Sul é competitivo e há demanda crescente. Em cada um dos grupos, foram destacados produtos e serviços mais complexos e inovadores que reúnem grande chance de avanços. Diversos segmentos apresentam oportunidades promissoras e foram classificados em quatro perspectivas de economia com suas estratégias de desenvolvimento.
“O Rio Grande do Sul passa a ter uma política de Estado, guiada por evidências científicas, para acelerar o desenvolvimento econômico e social. Nosso objetivo é muito claro: queremos que o RS seja o melhor Estado para se viver no Brasil. Temos um potencial enorme em diversas áreas e, com os desdobramentos do plano, estamos muito confiantes de que daremos um salto em direção a um futuro à altura do que merece a nossa população nos próximos anos”, discursou o governador Eduardo Leite, no evento.