A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), em conjunto com os Sindicatos Econômicos vinculados à entidade, encaminhou uma correspondência ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O documento expressa preocupação com o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras, previsto para entrar em vigor no dia 1º de agosto, e solicita medidas urgentes para evitar prejuízos à economia nacional. Só em Caxias do Sul, 25% das exportações devem sofrer impacto a partir da data prevista por Donald Trump.
Ofício da CIC e sindicatos
No ofício, as entidades destacam que o Rio Grande do Sul está entre os estados mais afetados, com estimativas de perdas de R$ 1,9 bilhão no PIB e até 22 mil empregos comprometidos, conforme estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em Caxias do Sul, polo exportador da Serra Gaúcha, até um quarto das exportações (25%) pode ser impactado, afetando diretamente setores como metalmecânico, móveis, plásticos e equipamentos industriais.
“O cenário é crítico. E o silêncio institucional do governo federal, aliado à paralisia nas ações diplomáticas, compromete ainda mais as possibilidades de contenção do problema”, afirma o texto assinado pelo presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, e pelos presidentes das demais entidades empresariais.
A carta também faz um apelo para que os Poderes da República atuem com celeridade e alinhamento, priorizando a diplomacia técnica e livre de disputas político-partidárias. Como medida imediata, o setor empresarial defende a negociação com os EUA.