FEDERAÇÃO VAREJISTA DO RS

13º salário deve significar o aumento do poder de compra do consumidor gaúcho

O acréscimo de dinheiro na ordem de R$ 8,7 bilhões significa muito para a economia no final de ano

13º salário deve significar o aumento do poder de compra do consumidor gaúcho
Divulgação/ Exata


 

O 13º salário significa importante acréscimo de recursos na economia gaúcha no final do ano. Se este dinheiros sempre foi importante, tanto mais neste ano em que ao estado ainda se recupera dos prejuízos das devastadiras cheias de ma

A Federação Varejista do RS entende que a injeção destes recursos terá reflexos no comércio fpísico tanto quanto no virtual, além do setor de serviços. Considerando que, entre 30% e 50% dos recursos do 13º salário são dedicados às compras no comércio local, é possível estimar até R$ 8,7 bilhões movimentando o setor a partir desta remuneração neste final de ano.
 

É do DIEESE a estimativa de que o poder aquisitivo do trabalhador do Rio Grande do Sul aumentou em relação ao ano passado e, conforme os dados mais recentes do Caged. São considerados os empregos formais entre janeiro a setembro deste ano, o Estado tem um saldo positivo de 66 mil novos empregos. Entre trabalhadores formais da iniciativa privada e do setor público, aposentados e pensionistas e trabalhadores domésticos regularizados, o DIEESE aponta que 6 milhões de gaúchos recebam o 13º este ano.
 

Os 8,7 bi são apenas uma fatia do total da massa salarial de R$ 20,5 bilhões injetados na economia -11,4% a mais do que no ano passado e maior do que os 10,4% em nível nacional – ou 2,7% do PIB do Rio Grande do Sul. Em média, considera o levantamento do DIEESE, este trabalhador receberá R$ 2,9 mil entre as duas parcelas do 13º salário _ 2,5% a mais do que em 2023. A maior parte do recurso é dos empregados formais dos setores público e privado (53,8%), que devem receber R$ 12,5 bilhões. Outros 45,1% são aposentados e pensionistas e 1,2%, trabalhadores domésticos com carteira assinada. A movimentação da economia gaúcha, inclusive, já pode ter sido, em parte, positivamente impactada, já que aposentados e pensionistas do INSS receberam valores antecipados entre abril e maio.
 

De acordo com a Federação Varejista do RS, os números confirmam a recuperação gradual da economia, que pode representar um estímulo ao comércio e aos serviços neste período, com melhores perspectivas para a arrancada de 2025.
 

Nacionalmente, o 13º salário deve garantir a entrada de R$ 321,4 bilhões na economia (3% do PIB brasileiro), com média de rendimentos de R$ 3,09 mil. Os prazos para pagamento do 13º salário são 30 de novembro (1ª parcela) e 20 de dezembro.

Maior poder de compra

Conforme a estimativa da Federação Varejista do RS, entre 30% e 50% do 13º salário são destinados a compras no comércio local. Com uma média de R$ 2,9 mil por trabalhador, significam R$ 870 a R$ 1.450 dedicados às compras. Ou até R$ 8,7 bilhões entre os 6 milhões de trabalhadores gaúchos beneficiados pelo 13º salário injetados somente no comércio.
 

AS COMPRAS PREFERENCIAIS

Na lista de compras deste período, as prioridades ficam por conta dos setores de vestuário, calçados e acessórios, seguidos por produtos alimentícios e bebidas (principalmente relacionados à ceia) e pelos presentes (brinquedos, perfumes, cosméticos).
 

Confirmando a avaliação positiva para este final de ano, a Federação Varejista do RS aponta ainda como possíveis destinos para os recursos do 13º salário a movimentação dos setores de turismo e entretenimento, fortemente atingidos pelas consequências das cheias, além do ajuste de contas dos gaúchos. Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS) indicam que 94,2% das famílias estão endividadas no Rio Grande do Sul. Entre elas, 28,9% afirmam estar muito endividadas, índice levemente superior ao levantamento de maio, que antecedeu as cheias, de 27,4%, e semelhante a outubro de 2023.
 

Dados do SPC Brasil, que formam o Panorama do Comércio, da Federação Varejista do RS, apontam que o consumidor do Sul do Brasil tem quitado suas dívidas com maior efetividade do que na média nacional. Ao todo, em setembro, 8,7 milhões de pessoas (36,4% da população adulta regional) no Sul estavam negativadas.