Trazer o programa TEAcolhe para Farroupilha tem sido um dos principais objetivos do mandato da vereadora Fran Bonaci (PDT). Desde antes de ter sido eleita para uma cadeira no Legislativo, ela, que é mãe de uma criança atípica, luta pela causa de trazer mais facilidades às famílias em situações semelhantes.
O TEAcolhe é uma iniciativa do Governo do RS, que primeiramente visava capacitar entidades que já trabalhavam com pessoas autistas, buscando o desenvolvimento pessoal, à inclusão social, à cidadania e o apoio às suas famílias. Hoje também são proporcionados laudos, por meio de neuropediatras. Nestes documentos emitidos ficam especificadas as necessidades da pessoa, para que ela tenha uma evolução mais objetiva em seu quadro.
As consultas são realizadas pelos Centros de Atendimento, que estão espalhados pelo Rio Grande do Sul. Neste modelo, algumas cidades são referência para outras. Atualmente a referência para Farroupilha é o município de Feliz, em um trajeto aproximado de 40 minutos. No entanto, em casos mais específicos, para os farroupilhenses a cidade referência é Gramado, o que muitas vezes torna inviável o acompanhamento.
A parlamentar explicou os motivos pelos quais luta por esta causa, e que tenta trazer o TEAcolhe para Farroupilha.
“Qual a importância de ter um Centro aqui em Farroupilha? É de ter a proximidade com as pessoas. De não fazer com que as nossas crianças, adolescentes, com que essas famílias que já passam tantas dificuldades diárias, faças esse deslocamento semanalmente”.
A Prefeitura de Farroupilha ajuda com o transporte para que o deslocamento seja realizado, seja para Feliz ou Gramado. No entanto, segundo Bonaci, falta força política do município para que um dia se possa ter uma unidade de atendimento para pessoas autistas local.
“Falta vontade política do governo. Eu estive em Porto Alegre há cerca de dois meses e conversei com o setor responsável pelo TEAcolhe, e me deixaram bem claro que Farroupilha tem essa capacidade para ter um Centro de Atendimento, mas o que precisa é fazer a inscrição, que precisa ser feita pela Secretaria da Saúde e colocar a cidade como uma das participantes do edital”.
No momento, não há um edital aberto para que alguma cidade ganhe o centro de referência. O espaço ideal para receber este programa, segundo Fran Bonaci, seria a sede da Associação de Pais e Amigos do Autista de Farroupilha, a Amafa, que é referência em toda região a pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em contato com o Secretário Municipal de Saúde, Thiago Brambilla, ele afirmou que Farroupilha está sempre atenta aos editais para serviços que possam contribuir aos munícipes.