
O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado morreu, aos 81 anos, nesta sexta-feira (23). A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, fundado por ele e sua esposa, Lélia Wanick, por meio das redes sociais.
“Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador”, diz a nota.
Pai de Juliano e Rodrigo, e avô de Flávio e Nara, o fotógrafo, que morava em Paris, na França, enfrentava complicações de saúde decorrentes de uma malária contraída nos anos 1990, conforme divulgado à imprensa nacional.
Natural de Aimorés (MG), Salgado nasceu em 1944 e, em 1973, iniciou sua carreira, onde desenvolveu projetos de fotografia em mais de 100 países. Entre os inúmeros trabalhos que atravessaram fronteiras e ganharam destaque pelo seu impacto, está a série de imagens em preto e branco para o livro Serra Pelada (1999), local de mineração de ouro na Amazônia, na década de 1980.
O artista ficou conhecido internacionalmente por seus trabalhos em preto e branco, priorizando a abordagem de temas humanitários, sociais e ambientais.
Ele também fundou, junto de sua companheira, em 1998, o Instituto Terra, que busca promover a recuperação da bacia do rio Doce do desmatamento, tendo plantado mais de 2 milhões de árvores e revitalizado 2,5 mil nascentes. O profissional sempre relatou sua relação com a terra.
Confira o trecho da Nota do Instituto Terra sobre o falecimento de Sebastião Salgado
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, escreveu o instituto em nota.