A Secretaria da Saúde (SES) está em alerta para o fato de que foi ampliada a área de transmissão do coronavírus. A partir desta terça-feira (28) estão redobradas as atenções para pessoas que estiveram em qualquer região da China nos últimos 14 dias e que, no retorno ao Brasil, apresentem febre e algum outro sintoma respiratório (tosse ou dificuldade para respirar).
Até então, esse recorte geográfico estava delimitado a duas províncias do país asiático. A nova orientação foi dada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira pela manhã e vale para os casos notificados a partir de então.
O controle sobre a entrada de pessoas por portos e aeroportos do país é de responsabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A SES, por intermédio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), trabalha em conjunto com a agência para monitorar a entrada de pessoas vindas da China. Quem chegar do país asiático e apresentar os sintomas descritos (febre e dificuldade respiratória) deve procurar imediatamente uma unidade de saúde.
A orientação aos serviços de saúde é que esses pacientes sejam imediatamente isolados e tratados de acordo com a gravidade do quadro clínico. Para os casos suspeitos, é recomendado que o paciente use máscara cirúrgica logo no início e seja mantido em quarto privativo.
Os profissionais têm que adotar medidas de precaução padrão. Casos graves devem ser encaminhados para um hospital de referência, e os leves, acompanhados pela atenção básica em saúde com a recomendação de isolamento domiciliar.
As investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas já foi identificada a disseminação de pessoa para pessoa. O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
Ainda não está claro com que facilidade o vírus se espalha de pessoa para pessoa. Apesar disso, a transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas (como gotículas de saliva, espirro ou tosse).