Regressaram na manhã desta sexta-feira os cinco vereadores bento-gonçalvenses que foram a Santa Caterina checar in loco como funcionam o Plano Diretor e as compensações mitigatórias para a elevação de prédios no perímetro urbano.
Camboriú e Itajaí foram as cidades visitadas. Lá estiveram o presidente da Câmara Rafael Pasqualotto (PP), o secretário da mesa diretora, Idasir dos Santos (MDB), o presidente da Comissão Técnica e Infraestrutura da Casa, Anderson Zanella (PP) , David Da Rol e Adson Biasi, ambos do PP. Segundo Zanella, ficou claro que cada cidade tem as suas peculiaridades e também os problemas em comum se replicam. Mas o vereador disse ter reafirmado algumas convicções.
“Muitas pessoas têm a impressão que a densificação da cidade com o crescimento vertical pode piorar a qualidade de vida das pessoas. Não é o que aconteceu em Camboriú. Pelo contrário. Lá a cidade progrediu e a riqueza foi distribuída. Cidades vizinhas se deram conta disto depois e acabaram seguindo os mesmos passos. É o caso de Itajaí e de Itapema, que levantaram obstáculos para crescimento”.
Segundo o vereador Zanella ficou claro que é preciso ter regras claras e que é preciso definir áreas em que a densificação venha a auxiliar na vidada da cidade com qualidade. Os prédios devem respeitar, antes da altura, os recuos e integrar seus dois primeiros pavimentos com a vida da cidade.
“Um exemplo de como se mitiga as grandes construções: os investidores que estão erguendo um prédio de 144 andares em Camboriú terão que pagar o valor de 24 milhões de reais para um fundo municipal. Estes recursos serão utilizados da forma que a prefeitura melhor entender. Criando uma terceira via, fazendo passeios públicos ou um parque, por exemplo”.
Além do poder público os vereadores locais ouviram a iniciativa privada – Sindicato da Construção Civil – e associação de moradores. A troca de informações serve de subsídio para decisões importantes a serem tomadas a partir dos debates e propostas para as alterações no Plano Diretor, em curso.