Em meio a pandemia do Coronavírus e a crise econômica que atinge, principalmente, trabalhadores autônomos, os motoristas de vans de Caxias do Sul organizam um protesto para a próxima segunda-feira (6). O objetivo, segundo a categoria, é reivindicar o adiamento do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
De acordo com Luiz Lima, o Tonicão, presidente da Univans e um dos organizadores da mobilização, nenhum motorista irá sair do veículo. Ainda, todos estarão utilizando equipamentos de proteção, como máscaras e luvas, que são itens obrigatórios para participação. A expectativa é que mais de 200 vanzeiros estejam no ato.
“Nós não queremos o cancelamento do IPVA. Queremos apenas um prazo maior para poder pagar, que seja de 30 dias, para que a categoria volte ao trabalho quando as empresas retornarem e que consigamos juntar o valor para o pagamento”, diz.
Em média, o IPVA de uma van de transporte custa R$ 1 mil.
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Empresas de turismo também devem participar da manifestação, já que com a suspensão das atividades de hotéis e eventos, não houve entrada de caixa para quitação do imposto.
Solidariedade
Cada um dos participantes da mobilização irá doar 1 kg de alimento não perecível que será repassado diretamente para o projeto que abriga os moradores de rua nos Pavilhões da Festa da Uva, onde também estão sendo distribuídas as refeições do Restaurante Popular.
Trajeto
Os vanzeiros devem iniciar o deslocamento às 9h dos Pavilhões da Festa da Uva. Após trafegarem por vias centrais como Feijó Jr., Simimbu, Dr. Montaury e Dom José Barea, os motoristas devem realizar um buzinaço em frente à prefeitura de Caxias do Sul. A categoria também busca entregar um documento para o prefeito Flávio Cassina, para que o chefe do executivo caxiense possa intervir junto ao governador Eduardo Leite. É aguardado também o contato com deputados estaduais eleitos por Caxias do Sul para que possam levar a reivindicação ao Estado.
Escolares
Os motoristas que trabalham com transporte escolar são isentos do pagamento do IPVA, mas também devem participar do ato em apoio aos colegas da categoria. O debate que permeia o serviço escolar é sobre o pagamento da mensalidade do transporte com a suspensão das aulas. A grande maioria dos autônomos consegue negociar com os pais dos alunos diretamente e resolver a situação. Os trabalhadores que prestam serviços à Secretaria Municipal de Educação (Smed) também esperam, ao menos, uma ajuda de custo neste período sem atividades escolares presenciais.
