Caxias do Sul

UCS irá testar próteses em pessoas amputadas em clínica de fisioterapia de Caxias do Sul

Projeto tem como objetivo disponibilizar aparelhos que, acionados através de impulsos elétricos musculares, permitem o movimento “de pinça” a pessoas com braços amputados ou com ausência congênita desse membro

UCS irá testar próteses em pessoas amputadas em clínica de fisioterapia de Caxias do Sul
Foto: Bruno Zulian

A Universidade de Caxias do Sul recebeu o lote piloto de 10 próteses funcionais que serão testadas na Clínica de Fisioterapia de Caxias do Sul em pacientes amputados de membros superiores. A entrega dos aparelhos, na quarta-feira (21), representa o avanço de mais uma etapa do projeto que é inédito no Brasil. Desenvolvido entre equipes da UCS e iniciativa privada desde 2022, tem como objetivo disponibilizar próteses que, acionadas através de impulsos elétricos musculares, permitem o movimento “de pinça” a pessoas com braços amputados ou com ausência congênita desse membro – preferencialmente a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto tem aporte da Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, agência ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Sua execução envolve profissionais de várias áreas da UCS, entre as quais se destacam a Agência de Inovação UCSiNOVA, médicos do corpo clínico do Hospital Geral e professores e acadêmicos de Fisioterapia, e a iniciativa privada, representada pela Longhi Engenharia e Automação, empresa caxiense que fabricou as próteses e as entregou oficialmente à Universidade.

Os aparelhos, constituídos de um sensor elétrico, suporte e três ganchos em formato de garra, entram agora em outra fase de testes clínicos, que pode levar até um ano. Essas análises serão feitas em pessoas com diferentes casos de amputação de membros superiores, que serão treinadas para acionar os sensores adaptados a cada situação. Durante essa fase também serão detectadas possíveis necessidades de aperfeiçoamento dos sistemas.

Coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da UCSiNOVA, o professor Matheus Parmegiani Jahn destaca a importância de receber o lote piloto para impulsionar novas fases de desenvolvimento. “Ver as próteses prontas, em funcionamento, significa um passo muito grande nesse que é um projeto pioneiro para a saúde pública brasileira, originado de uma parceria entre academia e indústria”, pontua, ressaltando o empenho e a parceria da empresa Longhi na fabricação das peças.