A partir desta terça-feira (6/7), ficou mais fácil acompanhar o estudo realizado pela Secretaria da Saúde (SES) sobre as variantes do coronavírus que circulam no Rio Grande do Sul. Um novo painel informativo foi publicado no site coronavirus.rs.gov.br, detalhando as variantes do vírus já identificados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e laboratórios parceiros, por meio de sequenciamento genético.
No painel, há informações acumuladas desde o primeiro boletim genômico divulgado pela SES (sete edições até o momento, desde fevereiro deste ano) e amostras coletadas em todas as regiões do Estado desde o início da pandemia (março de 2020). Os dados apresentados serão atualizados semanalmente.
Na primeira parte do painel, aparecem informações sobre as chamadas Variantes de Preocupação (VOC, do inglês variants of concern), que apresentam evidências científicas de alteração do comportamento do vírus, tornando-o mais agressivo, mais transmissível ou mais resistente a vacinas. Até esta terça-feira (6/7), as variantes de preocupação identificadas no Rio Grande do Sul foram 1.375 amostras da Gamma (P.1), que foi encontrada pela primeira vez em Manaus, e duas amostras da variante Alpha (B.1.1.7), encontrada pela primeira vez no Reino Unido.
O primeiro gráfico e o primeiro mapa mostram dados sobre os materiais genéticos que passaram por um exame de RT-PCR para detecção de variantes de preocupação. Este teste capta apenas uma parte do vírus e não o genoma completo, porém, é capaz de determinar se a amostra é possivelmente uma variante de preocupação em menos tempo e com menor custo. O RT-PCR de detecção de variante é diferente do RT-PCR que faz o diagnóstico da Covid-19, apesar de utilizar a mesma tecnologia.
A segunda parte do painel traz informações sobre as amostras que passaram pelo sequenciamento de genoma completo e a listagem de todas as variantes já identificadas no Rio Grande do Sul, independentemente de ser de preocupação ou não.
No cumulativo deste o início da pandemia, foi possível encontrar 25 linhagens (variantes) diferentes. O sequenciamento genético completo é capaz de apresentar mais detalhes e classificar com mais precisão a linhagem de cada amostra. As amostras que apresentam resultados inespecíficos nos testes de RT-PCR e algumas outras escolhidas de forma aleatória são também submetidas ao sequenciamento parcial pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). Em paralelo, um conjunto de amostras é mensalmente enviado para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o sequenciamento genético completo.
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