Caxias do Sul

Reciclagem incendiada em Caxias do Sul será reconstruída com tecnologias de segurança

Um mês após destruição total do pavilhão, empresa está avaliando orçamentos para nova instalação. Entrega de materiais foi realocada em outros estabelecimentos de Caxias e Farroupilha

Foto: Marcelo Oliveira
Foto: Marcelo Oliveira

Um mês após o incêndio que atingiu uma cooperativa de reciclagem, no bairro Parque Oásis, em Caxias do Sul, no dia 13 de Março, o sócio-proprietário Thomaz Basso, em entrevista exclusiva ao Portal Leouve, falou dos próximos passos para a reconstrução e o futuro da companhia. O sinistro chamou a atenção pela magnitude, tendo durado cerca de três horas, com chamas altas e fumaça preta que chegou a ser vista a quilômetros de distância, em diversas cidades serranas. A reciclagem tinha 20 funcionários, mas nenhum estava no local, no momento do sinistro.

Entretanto, o incêndio não abalou a determinação da equipe. Pelo contrário, reforçou o compromisso com a sustentabilidade e a resiliência da empresa. Agora, o foco principal é na reconstrução do prédio, que foi totalmente perdido. O plano de reconstrução não visa apenas restaurar o que foi perdido, mas implementar melhorias significativas nas instalações, com o uso de tecnologias mais seguras e eficientes.

“Estamos avaliando os orçamentos para reconstrução, pois é um investimento alto para ser destinado a um empreendimento que não possa ter seguro”, salienta o diretor.

O objetivo é criar um espaço que atenda não apenas às necessidades atuais, mas que também esteja preparado para os desafios futuros. O trabalho de limpeza do terreno já foi concluído. Os dejetos foram enviados para um aterro sanitário em Capela de Santana.

Dedicação ao Meio Ambiente
Thomaz ressalta que a estrutura da reciclagem foi um trabalho de mais de 20 anos de dedicação ao meio ambiente e que não tem vontade de desistir. Por mês, eram processadas mais de mil toneladas de materiais recicláveis – cerca de 70% do material do tipo gerado em Caxias do Sul.

Como fica inviável transportar papel solto para a matriz, em Canoas, a empresa está realocando os fornecedores e colaboradores em estabelecimentos de Caxias e Farroupilha. A intenção é que ninguém fique sem entregar os materiais.

Além do pavilhão, a cooperativa perdeu todo o maquinário, três caminhões com equipamentos, compactadores e contêineres. A empresa pretende importar uma prensa, com capacidade de enfardar 30 mil quilos por hora, para voltar a produzir quando ficar pronto o novo espaço.

O imóvel fica na Rua Bortolo Zanrosso, próximo à esquina com a Rua Atílio Andreazza. Segundo o Corpo de Bombeiros, a área total da reciclagem era de 1.560 metros quadrados, sendo considerada uma edificação de estrutura média para grande. A reciclagem estava em conformidade com a legislação, licenciada e com documentos em dia junto a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma).

Relembre o caso

O incêndio de grandes proporções atingiu a reciclagem na manhã da quarta, 13 de março. O imóvel fica na Rua Bortolo Zanrosso, próximo à esquina com a Atílio Andreazza. Ninguém se feriu.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Cruz, que fica nas imediações do fato, teve as aulas suspensas na manhã do sinistro. O trânsito na Bortolo Zanrosso foi bloqueado pela Brigada Militar (BM) para o atendimento da ocorrência. Quatro caminhões de combate ao fogo foram utilizados, com uma equipe de 20 bombeiros militares.