No início deste mês, profissionais da educação infantil de Garibaldi foram comunicados que os seus contratos e pagamento de salários estariam suspendidos a partir do mês de maio. O documento foi assinado pela secretária municipal da Educação de Garibaldi, Simone Cristina Rosanelli Chies, no dia 29 de abril.
De acordo com o comunicado, a partir do dia 4 de maio, devido à prorrogação da suspensão das aulas por conta da pandemia, os contratos de auxiliares nomeados de educação e cozinheiros, serão suspensos até o retorno das atividades, pós-pandemia. Os profissionais também não receberão vale alimentação.
Já as equipes diretivas das escolas organizarão atividades pedagógicas não-presenciais para que os alunos realizem tarefas em casa. Com isso, as equipes diretivas (diretores e vice-diretores), além de secretários escolares, deverão cumprirão seis horas diárias de trabalhos, a fim de organizar as atividades pedagógicas. Os profissionais seguem recebendo seus vencimentos e também o vale alimentação será pago de acordo com a carga horária trabalhada.
De acordo com o secretário da Administração, Micael Carissimi, pelo fato dos profissionais estarem afastados por conta da pandemia e o período não poder ser recuperado, a prefeitura optou em suspender os contratos a partir do mês de maio, uma vez que os vencimentos de abril foram pagos integralmente aos servidores. Carissimi conclui afirmando que assim que houver o retorno das aulas, os contratos dos profissionais serão retomados, uma vez que os mesmos estão suspensos e não rescindidos.
O sindicato que representa os auxiliares de educação contratados pelo município encaminhou um Ofício ao prefeito Antônio Cettolin, pedindo a revisão dos cortes de salários e também a suspensão do vale alimentação. No documento, foi sugerido que os profissionais realizassem treinamentos virtuais como forma de equivaler os dias trabalhados. O argumento do sindicato é de que ninguém está parado por não querer trabalhar, e sim pelo cenário pandêmico que o país enfrenta. Os funcionários contratados não se enquadram em programas assistenciais do governo. Com isso, a suspensão de contrato deixou ao menos 37 profissionais do município sem renda.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o corte de salários não se trata de uma questão de vontade do poder executivo e do governo, mas sim de legalidade. Os profissionais são contratados temporários e como o serviço não foi prestado, sendo que não há possibilidade de recuperação deste período, logo os valores não são devidos.
Confira o comentário do secretário da Administração, Micael Carissimi, clicando abaixo:
Foto: Felipe Vicari/Grupo RSCOM