O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, de 61 anos, morreu em Teerã, nesta quarta-feira (31). O anúncio foi feito pela Guarda Revolucionária do Irã. O movimento islamista palestino atribuiu o crime a Israel.
Logo após, o Hamas emitiu uma declaração, onde disse que Haniyeh foi morto junto com o guarda-costas, em um “ataque sionista”, na casa dele, em Teerã, capital do Irã. O fato teria ocorrido logo depois que ele participou da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
Os Guardas Revolucionários do Irã informaram, horas depois, que Haniyeh foi assassinado por volta das 2h (horário local). Já a mídia iraniana acrescentou que ele estava hospedado em “uma residência especial para veteranos de guerra no norte de Teerã”.
O conselho supremo de segurança nacional do Irã informou que ainda vai decidir a estratégia de reação ao assassinato de Haniyeh, de acordo com uma fonte.
Haniyeh foi visto pela última vez nesta terça (30), quando se encontrou com o líder supremo do Irã, Ali Khamenei. A reunião ocorreu antes da posse de Masoud Pezeshkian.
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Retaliação
O assassinato de Haniyeh “não será em vão”, disse o presidente palestino Musa, Abu Marzouk, integrante do gabinete político do grupo. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal WAFA. Grupos nacionais palestinos e islâmicos convocaram uma greve geral.
“Estamos envolvidos em uma guerra aberta para libertar Jerusalém e estamos prontos para pagar vários preços”, disse o alto funcionário do Hamas, Sami Abu Zuhri.
Projétil teleguiado aéreo
Aos poucos, surgem mais detalhes sobre a morte do líder político do Hamas. Haniyeh foi atacado em Teerã usando um projétil guiado por via aérea, disse a agência de notícias estatal IRNA. Também divulgou que novas investigações estavam em andamento para determinar os detalhes da operação e a posição de onde o projétil foi disparado.
