A infectologista Dra. Isabele Berti, do Hospital Tacchini, alerta para que as pessoas que tiveram contato com a água proveniente de enchentes ou enxurradas, seja pela invasão, limpeza do local ou resgate de pessoas, devem sempre usas luvas e botas de borracha. Sacos plásticos também podem ser improvisados em caso de necessidade, visando minimizar o contato com locais atingidos.
Neste momento em que operações de limpeza começam a ganhar força a médica ressalta que é essencial lavar as mãos e os pés após qualquer contato com a enchente o mais rápido possível. Além disso, não se deve passar os dedos, que contenham qualquer resquício desta, nos olhos ou em outras regiões do corpo pelo alto risco de transmissão de doenças.
Entre as principais doenças transmitidas pela água contaminada estão: leptospirose; Hepatite A, doenças diarréicas agudas e parasitoses intestinais. Também é preciso ter atenção a acidentes relacionados a animais peçonhentos, que são mais facilmente encontrados em situações como essa, como aranhas e cobras. A transmissão de raiva humana em voluntários que realizaram o resgate de animais também merece cuidados.
“Entre os sintomas mais comuns apresentados por quem contrair essas doenças estão: febre, mal-estar geral, náusea e vômito, dores de cabeça, dificuldades digestivas e, em alguns casos, icterícia. Se você entrou em contato com água contaminada e passou a apresentar qualquer um desses sintomas, independentemente da intensidade, procure imediatamente atendimento médico”, descreve a Dra. Isabele.
Equipes de prontidão
Desde o início da tragédia climática que assola boa parte do Rio Grande do Sul, o Tacchini iniciou uma série de ações para garantir o atendimento a todos aqueles que procurarem atendimento médico. O hospital assegurou profissionais e estruturas necessárias para receber as vítimas, além de disponibilizar ambulâncias e equipes de apoio para realizar o transporte das pessoas resgatadas.
Além disso, o Tacchini ainda realizou ações para prestar apoio à comunidade da região. O hospital bento-gonçalvense se tornou um posto de coleta de doações de colaboradores e comunidade e a própria instituição realizou a doação de roupas e medicamentos para as vítimas da enchente. A lavanderia do Tacchini também auxiliou na lavagem do uniforme de bombeiros e das equipes de outro Pronto Atendimento da cidade.
“Assim como ocorreu durante outros períodos de crise, como nos picos de Covid-19, vamos continuar ao lado da nossa comunidade. Nosso compromisso é prestar a melhor assistência para todos que nos procurarem. É assim há 99 anos e será assim enquanto nossas portas estiverem abertas”, descreve o superintendente do Tacchini Sistema de Saúde, Hilton Mancio.