O primeiro estabelecimento de saúde a receber etomidato 2mg/ml, item do kit intubação, na manhã desta terça-feira (4), foi o Hospital Cristo Redentor, do Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre. O medicamento chegou ao Rio Grande do Sul no último final de semana.
A remessa de 26.290 ampolas, enviada pelo Ministério da Saúde, está sendo distribuída em operação conjunta com o Exército, a partir do 3° Batalhão de Suprimentos, em Nova Santa Rita.
O item integra o rol de medicamentos de intubação orotraqueal (IOT) e de manutenção da sedação e analgesia na ventilação mecânica para o enfrentamento da infecção pelo coronavírus.
Serão contemplados 154 estabelecimentos de saúde, sendo 85 hospitais com Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), 43 hospitais sem UTI e 26 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs/PAs).
A definição dos contemplados ocorreu durante reunião da Secretaria da Saúde (SES) com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) realizada na segunda-feira (3).
O rateio é realizado com base em dados de estoque e consumo informados pelos próprios hospitais, em um levantamento semanal da secretaria. A diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada da Secretaria da Saúde (SES), Lisiane Fagundes, explica que são utilizadas as informações mais recentes possíveis nos cálculos que definem quanto cada hospital receberá.
A responsabilidade pela compra desses medicamentos é das instituições hospitalares, não fazendo parte da rotina da Assistência Farmacêutica do Estado. No entanto, frente à dificuldade de aquisição no país e ao aumento da demanda desde o ano passado, o governo do Estado e o Ministério da Saúde se articularam para comprá-los excepcionalmente e distribuí-los às instituições com estoques críticos e que prestam atendimento pelo SUS.
Desde o início da pandemia, os hospitais gaúchos receberam cerca de 500 mil unidades de medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde e pelo governo do Estado.
O levantamento semanal realizado pela SES busca acompanhar a quantidade dos 22 itens do kit intubação na rede hospitalar. Já foram adquiridos medicamentos no mercado nacional e internacional, tanto pelo ministério quanto pelo Estado.