Comportamento

Gripe aviária em mamíferos marinhos preocupa autoridades do RS

Secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente do governo estadual coordenam ações diante dos casos confirmados no litoral gaúcho

Gripe aviária em mamíferos marinhos preocupa autoridades do RS
Foto: SEAPI / Divulgação


Uma reunião entre as secretarias da Agricultura (Seapi) e do Meio Ambiente (Sema), realizada nesta segunda-feira(9), visa coordenar as atividades dos órgãos diante dos recentes registros de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na fauna marinha do litoral Sul do Rio Grande do Sul.

Um dos assuntos que deve integrar a pauta é a destinação das carcaças dos mamíferos marinhos suspeitos ou confirmados com gripe aviária. O diretor substituto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura (Seapi), Francisco Lopes, explica que não há autonomia total para realização das eutanásias e do enterro dos animais. Segundo ele, “é uma operação complexa que envolve pesquisadores, órgãos ambientais e secretarias municipais de obras. Cada prefeitura tem uma realidade de equipamento, de pessoas, de processos”.

Até o momento, o Ministério da Agricultura (Mapa) confirmou três casos no litoral gaúcho: dois na Praia do Hermenegildo (um leão-marinho da Patagônia e um lobo-marinho sul-americano) e um na Praia do Cassino (leão-marinho da Patagônia). Segundo Lopes, aproximadamente cem exemplares foram encontrados mortos ou doentes no RS. “Mais de 90 deles estavam de Mostardas para baixo. Em Torres e nas proximidades, temos seis casos até agora”, detalha.

A origem do contágio da gripe aviária entre os mamíferos marinhos ainda não foi esclarecida, aumentando a preocupação com a possível transmissão da doença aos humanos. “Não sabemos se eles adoecem pelo contato direto, por aves contaminadas ou pelo ambiente. A permanência do vírus no ambiente é uma preocupação”, alerta Lopes.

Portanto, a recomendação é que as pessoas evitem se aproximar e manipular os mamíferos. “A influenza é altamente contagiosa, e o contato com animais doentes pode levar ao contágio humano”, destaca a diretora do DDA, Rosane Collares.

Suspeitas podem ser comunicadas pelo Whatsapp (51) 98445-2033.