Vistoriando locais atingidos pela catástrofe climática no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite esteve nos municípios de Sinimbu e Putinga, encerrando a agenda em Bento Gonçalves, na tarde deste sábado, dia 25.
Ao lado do prefeito Diogo Siqueira, o governador percorreu os trechos mais afetados na ERS-431, localidades no Vale Aurora e a ponte que ligava Bento Gonçalves a Cotiporã, na Linha Alcantâra, que teve parte levada pelas águas do Rio das Antas.
Bento Gonçalves foi um dos municípios que mais sofreu com as cheias e com muitos deslizamentos em encostas de morros, em razão da terra encharcada pelo excesso de chuva, em maio. Leite também esteve no local da antiga a ponte de Santa Bárbara, destruída pela enxurrada de setembro, que contava com uma balsa para travessia temporária, também levada pelas cheias de maio.
Riscos geológicos – No distrito de Faria Lemos o governador acompanhou os trabalhos do posto de comando e do Núcleo de Riscos Geológicos, instalados no salão comunitário. A equipe que trabalha no local é formada por servidores doRio Grande do Sul e também de Minas Gerais, Rio de Janeiro, e da prefeitura de Bento Gonçalves, além de colaboradores da Vale. Eles estão analisando as áreas com estragos e monitorando os pontos com risco de novos desmoronamentos para determinar a liberação ou interdição das áreas e garantir a segurança dos moradores.
O governador lembrou do suporte que o Estado tem recebido do governo federal e de outras unidades federativas. “É um desafio gigante, mas trabalhamos para todas as áreas. Com muito apoio da sociedade civil, de outros Estados, da União, das prefeituras, que têm um papel super importante na ponta”, frisou.
Turismo e escoamento da produção – Leite observou que o Rio Grande do sul passa por situações distintas causadas pelo excesso de chuvas. Uma realidade é verificada na Zona Sul e na região Metropolitana, onde ainda há alagamentos. Outra é nas regiões Central e da Serra, onde os esforços são para reconstruir o que foi destruído pela força dos rios e desmoronamentos.
Questionado sobre ações do governo do Estado para a reconstrução, o governador deu ênfase à logística para retomada do turismo. “Nessa região que tem no turismo uma vocação estamos trabalhando muito para que o aeroporto de Caxias do Sul e a Base Aérea de Canoas tenham o maior fluxo de passageiros possível para que a gente retome, a partir de uma campanha de remobilização do turismo, o fluxo de pessoas aqui nessas localidades”, destacou.
Assistência e planejamento – Embora o cenário seja de grandes estragos, muitos pontos já foram liberados e há máquinas trabalhando na limpeza e restabelecimento dos acessos. “A reconexão das grandes estradas estruturantes está em curso e vários pontos já estão liberados, mas as estradas do interior também nos preocupam, pois são utilizadas para o escoamento da produção em regiões com muitos pequenos produtores, como é o caso aqui”, destacou Leite. Ele lembrou ainda que estão sendo investidos mais de R$ 100 milhões, do Estado, em horas-máquina para restabelecer as ligações viárias e viabilizar passagens emergenciais nos locais onde pontes foram levadas, reconectando as comunidades afetadas.
Por fim, o governador acrescentou que o Estado está enfrentando os desafios em duas frentes de trabalho: assistencial e de planejamento. “Onde ainda estamos atuando no atendimento às pessoas e localidades atingidas gente busca fazer a reconstrução, disponibilizando materiais, técnicos e recursos para os municípios, e também ajudando a viabilizar, via governo federal, os apoios prometidos para que efetivamente sejam entregues para a sociedade”, descreveu.