Comportamento

FMI divulga plano de mais de R$ 200 bilhões para acabar com a pandemia

Com este valor cerca de 40% da população mundial poderia ser vacinada até o final de 2021

FMI divulga plano de mais de R$ 200 bilhões para acabar com a pandemia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou na última sexta-feira (21) uma plano para acabar com a pandemia de Covid-19. O custo de gira em torno de US$ 50 bilhões (o equivalente a R$ 267,74 bilhões) para que seja possível vacinar cerca de 40% da população mundial até o final de 2021 com este valor.

Conforme informações da Reuters, caso seja aceito por nações do globo, autoridades do FMI preveem que o plano seria capaz de injetar o equivalente a US$ 9 trilhões na economia mundial até 2025, ajudando em uma retomada mais rápida da atividade econômica, com os países ricos sendo potencialmente mais beneficiados.

A proposta elaborada pela economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, e pelo economista da equipe Ruchir Agarwal, amplia os esforços já em andamento pelo Acesso ao Acelerador de Ferramentas contra a covid-19 (ACT), pelas Nações Unidas, Organização Mundial da Saúde e outros grupos.

Muitos países emergentes e em desenvolvimento podem ter que esperar até o final de 2022 ou mais tarde para controlar a pandemia, que já matou cerca de 3,5 milhões de pessoas em todo o mundo. Em toda a África, por exemplo, apenas 2% da população foi vacinada, em comparação com 40% nos Estados Unidos e 20% na Europa.

O FMI disse a Reuters que as projeções apontam para perspectivas de saúde altamente desiguais até 2022, o que representa “graves riscos” para o mundo, incluindo maiores chances de agitação social e tensões geopolíticas. O plano fez uma projeção indicando que cerca de 1 bilhão de doses poderiam ser doadas este ano, mesmo se os países priorizassem suas populações, e mais 1 bilhão de doses deveriam ser produzidas até o início de 2022 para lidar com riscos emergentes, como novas variantes de vírus.

A implementação do plano custaria cerca de US$ 50 bilhões com US$ 35 bilhões sendo pagos por meio de doações de países ricos, doadores privados e multilaterais, e os US$ 15 bilhões restantes financiados por governos nacionais usando financiamento de juros baixos, ou sem juros, disponível dos bancos multilaterais de desenvolvimento.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse a uma cúpula da saúde organizada pela Comissão Europeia e pelo G20 que é necessário que países ricos aumentem as doações para garantir o fim da crise. “As economias avançadas – solicitadas a contribuir mais para este esforço – provavelmente veriam o maior retorno sobre investimento público na história moderna, capturando 40% dos ganhos do PIB e cerca de US$ 1 trilhão em receitas fiscais adicionais“.