Comportamento

Ex-ministro de Bolsonaro, Osmar Terra diz que quarentena é para quem tem geladeira cheia

Foto: Reprodução
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O Deputado Federal, ex-ministro do Desenvolvimento Social do governo Michel Temer e ex-ministro da Cidadania de Jair Bolsonaro, Osmar Terra (MDB), concedeu uma entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan Serra Gaúcha, nesta sexta-feira (23). Ele comentou sobre as suas visões sobre a pandemia da Covid-19 que atinge o Brasil e o mundo. Ele relembrou que o pais passou por três pandemias nos últimos anos, a da dengue em 2007, da febre amarela, em 2008 e da H1N1, em 2009.

Ele comentou sobre as medias que estão sendo tomadas para conter o avanço do novo coronavírus no Brasil. Terra diz que as medidas são baseadas apenas na teoria e que na prática o efeito é, por vezes, piores que o o coronavírus. Conforme ele, mais de 90% da população brasileira será contaminada com o vírus e não terá sintomas.

Ele também diz que a quarentena, o fechamento de lojas e o isolamento não tem efeito prático no controle da pandemia. Terra defende que os idosos e grupos de risco devem ser protegidos e que os demais devem levar uma vida dentro da normalidade, com as devidas proteções.

“Não adianta fechar loja, fechar shopping, proibir as pessoas de andar na rua, perseguir pessoas na praia, como vimos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Isso é um absurdo, não tem lógica nenhuma. As pessoas estão mais seguras andando na praia e nas ruas, com distância umas das outras, que em casa. A contaminação dentro de casa é igual ou maior que nas ruas. É uma profunda ignorância de como o vírus se reproduz que leva a tomar medidas erradas e a uma tragédia ainda maior”, disse.

Ele diz que a proposta da quarentena é apenas uma ideia teórica que não tem fundamentação cientifica. Para Terra, os governadores estão errando ao manter a ideia do isolamento social como a melhor forma de manter o controle sobre a proliferação do vírus.

O deputado também comentou sobre a quarentena.

“Quarentena é para quem tem dinheiro, quarentena é para rico, quarentena é para quem tem a geladeira cheia e para quem tem dinheiro. Para o pobre a quarentena é uma tragédia, o pobre está passando fome. O rico está vendo Netflix e tomando vinho. As diaristas, quem trabalha por empreitada, está passando fome. É um absurdo”.

Com relação ao auxilio emergencial de R$ 600,oo pago pelo Governo Federal, ele diz o dinheiro vem da arrecadação de impostos e que quanto mais tempo a economia não girar, mais difícil será para a União conseguir manter o pagamento aos mais necessitados.

Ainda conforme Terra, no Rio Grande do Sul a pandemia já passou do pico e a rede hospitalar do estado tem condições de atender a todos os pacientes que possam ser infectados.

Confira a entrevista completa.