Cidades

Entidades repercutem pedido de impeachment do prefeito de Farroupilha

Documento foi protocolado na Câmara de Vereadores no final da tarde de terça-feira (04)

Foto: Arquivo/Leouve
Foto: Arquivo/Leouve

Entidades representativas de Farroupilha foram procuradas pela reportagem do Portal Leouve na manhã desta quarta-feira (05), para repercutir o pedido de impeachment protocolado na Câmara de Vereadores contra o prefeito Claiton Gonçalves (PDT). O documento foi entregue no final da tarde de terça-feira (04) pelo empresário e ex-candidato a prefeito pelo Partido Verde (PV), Glacir Gomes.

O documento baseia-se na compra de imóveis por parte da prefeitura, nas proximidades do prédio da UPA, no bairro Imigrante, sem estudo prévio para o ato e sem ter passado o assunto pela Câmara de Vereadores. O que, segundo o pedido, viola o dispositivo constante no artigo 97 da Lei Orgânica do Município e fere o princípio constitucional da autonomia dos poderes e do que é pertinente à administração pública.

Para o presidente do Sindilojas, Sérgio Luiz Rossi, um processo desta natureza, a poucos meses das eleições municipais estancaria o crescimento da cidade. Ele ainda destaca que quem deve decidir são os moradores da cidade.

“Mesmo que o prefeito seja, por vezes, prepotente, que use termos que ofendam as pessoas ou ainda que não consiga fazer o que fala, não vejo motivos para tirá-lo do cargo. O impeachment é uma atitude extrema em casos graves, que não parece ser o que ocorre neste momento. Acredito que se a população está descontente com o que vem ocorrendo a resposta deva ser dada nas urnas”, disse.

O presidente do Observatório Social, Carlos Paese, também se mostrou contrário ao pedido de impeachment, apesar de não se dizer surpreso com o documento.

“Vemos com preocupação isso, não é o momento. As pessoas podem ter divergências politicas, futebolísticas ou de outra natureza, mas moramos em Farroupilha, um cidade pequena e fácil de se encontrar. As pessoas precisam separar o pessoal do politico, do partidário. Demorou para ocorrer isso, infelizmente temos uma polarização criada por quem está dentro do governo municipal, por isso achei que alguém que fosse fazer antes. Mas isso não significa que eu seja a favor disso. O Observatório Social defende a democracia a e voto e o governo foi posto lá através desse mecanismo”, comentou.

A Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), através do presidente Juliano Tofollo, diz que o primeiro passo é tomar conhecimento do documento e após, cabe a Câmara de Vereadores analisar se a denúncia condiz com a verdade. A entidade diz que é apolítica e segue defendendo os interesses da comunidade e dos seus associados.

O presidente da da CICS, José Carlos Da Costa Trujillo, disse esperar que isso se resolva da forma mais rápida possível para que a situação não atrapalhe o andamento e o crescimento de Farroupilha.

“Recebemos com bastante surpresa a notícia. Acreditamos na cautela a partir de agora, o documento já está entregue aos órgãos competentes e a entidade vai acompanhar o desenrolar dos fatos. Nosso desejo é de que tudo se esclareça o mais breve possível para que nos traga tranquilidade e que  Farroupilha siga em frente com o seu crescimento”, disse.

Conforme a assessoria da Câmara de Vereadores, o setor jurídico da casa já esta analisando os documentos para que seja dado, ou não, continuidade no processo.

Procurado, o prefeito Claiton Gonçalves disse, por telefone, que ainda não sabe do conteúdo dos documentos e por isso não iria se manifestar em um primeiro momento.