A superlotação enfrenta pelo Pronto-Socorro do Hospital Geral, em Caxias do Sul, obrigou a entidade a suspender os atendimentos vindos de forma espontânea por tempo indeterminado. A medida foi anunciada na tarde desta terça-feira, dia 27, e vale por tempo indeterminado.
O Diretor do Hospital Geral, Sandro Junqueira, explica que um dos principais problemas enfrentados pelo hospital é a falta de leitos hospitalares e de UTI. Nesse contexto, somente casos graves serão recebidos de forma espontânea. “Nós vamos manter a demanda espontânea por tempo indeterminado de forma restrita. O paciente vai vir, fazer a triagem na qual se constata a gravidade da patologia. Sendo risco iminente de morte a gente imediatamente atende e, se não for, ele vai ser orientado para que procure outra unidade hospitalar ou mesmo de saúde. O que nós estamos pedindo é o apoio da comunidade no sentido de só vir ao hospital aqueles casos de saúde que representem risco de vida”, explica Junqueira.
Ainda conforme o Diretor do HG, a volta do atendimento normal depende da diminuição da demanda. “Ontem pela manhã foi o ápice da superlotação, onde o hospital não tinha um local adequado para atender um caso de emergência que pudesse vir ao hospital. Hoje o cenário mudou um pouco, mas continuamos superlotados. Essa restrição vai sofrendo alterações na medida em que o cenário mudar”, garante.
Segundo dados do Hospital Geral, hoje 70% da demanda do pronto-socorro é de pacientes que chegam de forma espontânea. A orientação é que essas pessoas procurem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e no Postão 24 horas. Em casos de extrema urgência, no entanto, os pacientes podem procurar o Hospital Geral.
Além das dificuldades de superlotação, o Hospital Geral também sofre com a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde, que não tem os valores reajustados desde 2008. O Hospital Geral atende 100% pelo SUS e sobrevive com recursos da União, do Governo do Estado e da Prefeitura de Caxias do Sul.