A queda no número de fumantes no Brasil nas últimas décadas demonstra a preocupação coletiva perante o problema de saúde pública vivido mundialmente desde o surgimento do tabagismo. Se nos anos de 1960 o país tinha até 35% da população classificada como fumante, hoje o percentual de pessoas com 18 anos ou mais pertencentes a esse grupo é de 9,1% – segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Para que esse total seja cada vez menor, o Dia Mundial Sem Tabaco é um importante aliado no permanente alerta sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.
Em Bento Gonçalves, a Liga de Combate ao Câncer aproveita a data, celebrada em 31 de maio, para reforçar seu compromisso de ser um agente conscientizador acerca da importância de manter hábitos de vida mais saudáveis, no qual se inclui, de forma determinante, o combate ao fumo. Relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS) atribuem à indústria tabagista a morte de mais de oito milhões de pessoas todos os anos, além de destruir o meio ambiente e a saúde humana.
Frente a esse cenário, a Liga propõe uma campanha que procura orientar e incentivar para a cessação do vício, em vez de simplesmente condenar o tabagista. “Nossa ideia é motivar a pessoa a romper o ciclo do vício e começar, o quanto antes, a adotar práticas ligadas aos estilos de vida saudável como forma de proteger o organismo contra as doenças, especialmente resguardando-se dos fatores de risco. O ‘Dia Mundial Sem Tabaco’ é uma excelente oportunidade de reforçarmos esse olhar para a sociedade, justamente com o propósito de propor uma transformação de vida”, destaca a presidente da entidade, Maria Lúcia Gava Severa.
A Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves mantém importante programa antitabagismo, que oferece suporte clínico a quem deseja largar o vício – e também emocional, com acompanhamento psicológico e acesso a terapias. “A principal missão da entidade é mostrar às pessoas que é possível, sim, vencer o tabagismo, e que nunca é tarde para tomar essa iniciativa”, complementa Maria Lúcia. O trabalho se dá no sentido de transmitir orientações e conscientizar as pessoas sobre a importância de adotar, no dia a dia, hábitos que ajudem a diminuir o risco de incidência de doenças e, no caso de acometimento por elas, deixar o organismo melhor preparado e com mais chances de vencê-las.
Segundo o Ministério da Saúde, após 20 minutos longe do cigarro, a frequência cardíaca e a pressão arterial caem. Em 12 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue volta ao normal, e depois de 2 a 12 semanas, a circulação do organismo melhora, aumentando a função pulmonar. Para quem tem tosse e falta de ar, um mês após a cessação do vício já é possível perceber diferenças positivas – assim como a diminuição, pela metade, do risco de doença cardíaca coronária em um ano depois de largar o cigarro.
Para quem necessita de ajuda, a Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves abre as portas de seu centro assistencial, que fica na Rua Ramiro Barcelos, número 580, e atende pelo fone (54) 3451.4233.
Legenda: Na Liga de Combate ao Câncer, comunidade encontra incentivo para abandonar o tabagismo
Crédito: Fabiano Mazzotti