CURIOSIDADES INCRÍVEIS

Você sabia que soluços podem ser causados por emoções mal resolvidas?

Soluços frequentes podem ter origem emocional. Descubra a relação com sentimentos reprimidos e saiba como lidar com o sintoma.

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Você sabia que soluços podem ser causados por emoções mal resolvidas
Você sabia que soluços podem ser causados por emoções mal resolvidas

É fácil associar soluços a causas físicas: comer rápido demais, beber algo gelado ou engasgar com uma gargalhada. Mas o que pouca gente sabe é que há um fator emocional muitas vezes ignorado por trás desse espasmo involuntário do diafragma. Sim, os soluços podem ser causados — ou prolongados — por emoções mal resolvidas. E entender essa relação muda completamente a forma como lidamos com o próprio corpo.

O soluço é mais complexo do que parece

O soluço é uma contração súbita e involuntária do diafragma, o músculo responsável pela respiração. Quando essa contração acontece, a glote (estrutura da garganta) se fecha logo em seguida, produzindo aquele som característico. Do ponto de vista fisiológico, é uma reação autônoma — ou seja, algo que o corpo faz sem que a gente perceba ou controle.

Porém, o corpo humano não funciona em compartimentos isolados. O sistema nervoso autônomo, responsável por regular funções como batimentos cardíacos e digestão, também responde ao estado emocional. Quando estamos ansiosos, tristes ou guardando emoções fortes sem expressão, esse sistema entra em alerta — e pode desencadear uma série de manifestações físicas, incluindo o soluço.

Emoções reprimidas afetam o corpo

Você já notou como algumas pessoas ficam com a voz embargada quando tentam conter o choro? Ou como a respiração fica presa durante um susto? Essas reações mostram como o sistema respiratório é diretamente afetado por estados emocionais intensos.

No caso do soluço, a ligação pode vir da tensão mantida no diafragma ou da sobrecarga do nervo frênico, que conecta o cérebro ao diafragma. Quando emoções como raiva contida, medo crônico ou tristeza profunda não são devidamente elaboradas, o corpo encontra caminhos alternativos para manifestar esse excesso de carga. E, em algumas pessoas, isso se expressa por meio de episódios frequentes de soluços, muitas vezes sem causa aparente.

Quando o sintoma não passa

Muitos médicos relatam casos de pacientes com soluços persistentes — aqueles que duram mais de 48 horas — que não respondem a tratamentos convencionais. Após exames clínicos sem alterações, a hipótese emocional entra em cena. E não é raro que, ao iniciar acompanhamento psicológico, o sintoma desapareça progressivamente.

Um exemplo curioso é o de Helena, uma professora aposentada de 63 anos, que conviveu com soluços diários por mais de dois anos. “Fiz tomografia, exames gástricos, tentei dieta, e nada funcionava. Foi só quando comecei a trabalhar questões familiares no consultório de terapia que os episódios começaram a diminuir”, conta. Hoje, ela praticamente não soluciona mais — e atribui a mudança à forma como aprendeu a reconhecer e processar suas emoções.

A importância de ouvir o corpo

O corpo fala, mas nem sempre em voz alta. Ele sussurra. E soluços, por mais banais que pareçam, podem ser parte desse sussurro. Quando eles surgem com frequência, sem uma causa física evidente, vale a pena perguntar: o que eu não estou conseguindo expressar? O que estou guardando e me tensiona por dentro?

Trabalhar essa escuta exige disposição para olhar para dentro. E isso não significa abrir mão da medicina tradicional — pelo contrário. Um bom ponto de partida é descartar causas clínicas, mas não se contentar com a ideia de que “é só um soluço”. Pode não ser só. Pode ser sinal.

Você sabia que soluços podem ser causados por emoções mal resolvidas
Você sabia que soluços podem ser causados por emoções mal resolvidas

Técnicas que ajudam a acalmar o corpo

Se você sofre com soluços frequentes e já percebeu que eles tendem a aparecer em momentos de ansiedade, conflito ou insegurança, há algumas práticas que podem ajudar. Respiração diafragmática é uma delas. Basta deitar ou sentar em posição confortável, colocar a mão sobre a barriga e respirar lentamente, inflando a região abdominal na inspiração e contraindo levemente na expiração.

Outra técnica eficaz é a meditação guiada com foco em acolhimento emocional. Existem apps e vídeos que ajudam nesse processo, ensinando o corpo a sair do estado de alerta e a reduzir as tensões musculares, especialmente na região torácica e abdominal.

Terapias corporais, como o bioenergético ou o rolfing, também são indicadas para quem acumula tensões crônicas no diafragma — o que pode aliviar episódios de soluços psicossomáticos.

Um novo olhar sobre um velho sintoma

Durante anos, o soluço foi tratado como uma mera reação do corpo. Mas a ciência moderna começa a incluir a dimensão emocional na equação dos sintomas. E isso abre portas para tratamentos mais integrados, mais humanos. Afinal, somos mais do que músculos e nervos — somos histórias, vivências, sentimentos em constante movimento.

Reconhecer que um soluço pode ser mais do que um incômodo passageiro é o primeiro passo para mudar a relação com o próprio corpo. Um convite a investigar, a desacelerar, a escutar o que está guardado nas entrelinhas da respiração.