
Os pães de linguiça, as cucas e toda a cultura envolvida nessa produção já são um patrimônio da cidade de Gramado. Mas agora, um projeto visa inventariar o modo de fazer relacionado a essa expressão cultural alimentar e tornar esses processos um patrimônio imaterial reconhecido oficialmente pelos governos Estadual e Federal.
Intitulado “Inventário das referências culturais da área rural das cidades de Gramado, Canela e São Francisco de Paula”, o projeto é realizado pela empresa Clic e tem como objetivo mapear práticas alimentares tradicionais que são preservadas por famílias descendentes de imigrantes italianos e alemães.
A ação também prevê a produção de cartilhas de educação patrimonial, que serão distribuídas em escolas públicas e entidades locais, além de oficinas educativas voltadas à valorização dessa herança cultural.
Segundo a a especialista de patrimônio cultural, Fernanda Pereira,
“Vamos inventariar as famílias que são descendentes de imigrantes italianos e alemães para investigar práticas culturais que eles desenvolvem vinculadas à comida”, explica a profissional.
Produtores locais, como a vice-presidente dos Fornos da Várzea Grande, Valdir Calhiari, celebraram a iniciativa, que reconhece a importância da tradição no campo e valoriza o saber-fazer transmitido entre gerações.
“Estamos contentes com esse apoio que a gente está recebendo da Prefeitura, do Governo do Estado, porque esse projeto é muito importante”, afirmou Severino Ecker, vice-presidente dos Fornos de Gramado. “Mais gente vai conhecer os produtos que fazem parte da nossa história”, acrescentou.
A iniciativa foi selecionado no Edital de Concurso SEDAC PNAB RS nº 31/2024 – Memória e Patrimônio, e recebe apoio do instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), das Secretarias da Agricultura, Cultura e Turismo de Gramado e da Emater.
O secretário da Agricultura de Gramado, Eliézer Lima, destacou a relevância do projeto para o fortalecimento das comunidades rurais.
“Preservar esses saberes é preservar a história viva das nossas famílias do interior. Esse reconhecimento valoriza quem mantém viva essa tradição todos os dias”, afirmou o secretário.
A extensionista da Emater de Gramado, Janete Basso, também destaca a importância de valorizar esse tipo de ação.
“Prontamente apoiamos essa iniciativa porque queremos que essa cultura e esse modo de fazer dos pães, cucas e toda a culinária sejam reconhecidos e documentados”, completa ela.
A iniciativa foi apresentada nesta terça-feira (3), na sede da Secretaria da Agricultura de Gramado, em encontro que reuniu agricultores e produtores locais.
Fonte: Assessoria de Comunicação Prefeitura de Gramado