Comportamento

Com meditação e estudos, jornalista caxiense relata seu dia a dia na Inglaterra em época de pandemia

Sexta reportagem da série "A bandeira verde e amarela no mundo em pandemia" conversou com a jornalista Marília Serafini, que a três anos reside na Inglaterra

Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal
Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

A sexta reportagem da série “A bandeira verde e amarela no mundo em pandemia” chega na Inglaterra, país fortemente atingido pela Covid-19. Dados apontam para 191 mil infectados e 28.734 mortes. A jornalista caxiense, Marília Serafini, mora em Birmingham, que fica a cerca de uma 1h30min de Londres. Ela já reside fora do Brasil a cerca de três anos.

Conforme a jornalista a cidade está em lockdown desde o dia 23 de março. O que ainda está funcionando são supermercados e farmácias, ainda assim, em horários reduzidos. Nesta última semana, o governo liberou o funcionamento de algumas empresas de grande porte do ramo de entrega de comidas, principalmente das redes de fastfood.

Ela diz que tentou manter a sua rotina de antigamente, mesmo trabalhando em casa. Ao acordar ela medita e realiza exercícios físicos, como caminhadas e corridas em parques. Além disso, ela diz ter usado a quarentena para estudar.

“Estou tentando me manter ocupada dentro de casa mesmo, assistindo algum documentário. Estudando. Eu fazia aulas de inglês, e como está tudo suspenso, estamos tendo as aulas on-line. Então tendo estudar, aprender alguma coisa, para manter a mente ocupada”, disse.

Marília diz que no geral as pessoas tem respeitado a quarenta na Inglaterra. A maioria das pessoas mantém o distanciamento social. Quem caminha pelas ruas, ao perceber que outra pessoa se aproxima, aguarda a passagem desta para poder seguir caminhando. Os estabelecimentos adotaram a colocação de adesivos no chão para demarcar os locais onde as filas devem ser feitas. Sparys de álcool gel são vistos em praticamente todos os locais.

O governo tem auxiliado os ingleses com o pagamento de 80% dos salários dos funcionários que estão sem trabalhar.

Para ela, no Brasil durou menos tempo o fechamento dos estabelecimentos. Ela acredita que o clima tropical brasileiro pode auxiliar em uma menor disseminação do coronavírus. Ela também relata que os ingleses temem mais a doença e que a cultura da não proximidade pessoal, de não abraçar, de não estar sempre juntos, diferente do povo brasileiro é um ponto positivo para eles.

Ela diz que não pensou em voltar para o Brasil, apesar do pedido dos pais dela. Marília diz se sentir segura onde está.

Na visão dela, as coisas estão, vagarosamente, começando a voltar a uma normalidade. Apesar de não se falar em uma data, ela acredita que em um ou dois meses, a mundo poderá começar a andar novamente, o que ela espera que aconteça o mais breve possível.

Confira um vídeo enviado pela jornalista.