Brasil

Anvisa autoriza importação da Covaxin e Sputink com restrições

A agência autorizou a importação de 928 mil doses da Sputnik V e de 4 milhões da Covaxin, mas não garantiu a qualidade, eficácia ou segurança

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na sexta-feira (4), o pedido de importação excepcional das vacinas Sputnik V e Covaxin contra a Covid-19.

Foi autorizada a importação excepcional dos lotes solicitados das vacinas.  O Ministério da Saúde já adquiriu 20 milhões de doses da Covaxin e outras 10 milhões da Sputnik V. Além disso, governadores do Consórcio Nordeste compraram outras 37 milhões de doses da vacina russa.

A importação da Sputnik V deve ser liberada mesmo com algumas pendências, conforme as exigências feitas pela Anvisa durante a primeira análise do pedido feito pelos russos. Por isso, é possível que a Anvisa apresente condições para autorizar a incorporação do imunizante ao PNI. A autorização de aplicação refere-se somente às doses importadas e àquelas fabricadas em plantas inspecionadas pela Anvisa.

A agência não concedeu autorização de uso emergencial de nenhuma das duas vacinas. No caso da Sputnik V, esse pedido foi feito pela empresa União Química, que quer produzir a Sputnik V no Brasil, mas o prazo de análise dele está suspenso e depende de informações completas do laboratório, que devem ser analisadas separadamente pela Anvisa.

A Sputnik V teve dados publicados na revista “Lancet” que apontaram a vacina como segura e eficaz contra a Covid.  Já a Covaxin não teve estudos de fase 3 publicados,  que são aqueles que determinam a segurança e a eficácia de uma vacina em larga escala. Um anúncio feito pela própria fabricante da vacina apontou que a vacina foi eficaz contra a Covid. A Anvisa não não garantiu a qualidade, eficácia ou segurança da Covaxin ou da Sputinik V conforme os dados apresentados até agora.